Samsung Electronics aumenta rigor nas regras de doação
Conselho de administração da empresa votará agora sobre qualquer apoio financeiro a terceiros no valor de 1 bilhão de wons (US$ 886.210,56) ou mais
Reuters
Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 14h56.
Seul - A gigante de tecnologia Samsung Electronics está aumentando o rigor na supervisão de doações, enquanto dois altos executivos do grupo Samsung pediram demissão, já que o conglomerado luta com as consequências de um escândalo que levou à prisão de seu líder direto.
A Samsung Electronics informou na sexta-feira que seu conselho de administração votará agora sobre qualquer apoio financeiro a terceiros no valor de 1 bilhão de wons (886.210,56 dólares) ou mais e divulgará esses pagamentos publicamente. Anteriormente, apenas os pagamentos de 680 bilhões de wons ou mais estavam sujeitos à aprovação da diretoria.
"Esse movimento melhora a transparência na ajuda financeira e apropriação de fundos de responsabilidade corporativa social, e fortalece a gestão de conformidade", disse a empresa em um comunicado.
O carro-chefe do conglomerado sul-coreano Samsung Group está no centro de um escândalo de influência que levou o parlamento sul-coreano a decidir pelo impeachment da presidente Park Geun-hye em dezembro.
Jay Y. Lee, líder do Samsung Group e vice-presidente do conselho da Samsung Electronics, foi preso na semana passada depois de ser citado como suspeito pelo escritório da promotoria especial sul-coreana. Lee é acusado de prometer 43 bilhões de wons em subornos a uma empresa e organizações apoiadas pelo confidente do presidente Park Geun-hye, Choi Soon-sil, em troca de favores.
Embora o Samsung Group e Lee tenham negado pagar subornos a Park ou buscar favores indevidos, o conglomerado prometeu tomar medidas para melhorar a transparência em meio a acusações e críticas de que a Samsung usou seu poder financeiro para jogar o sistema a seu favor.
Manifestação ou gerenciamento
Separadamente, a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul informou na sexta-feira que o vice-presidente do conselho do Samsung Group, Choi Gee-sung, e o presidente Chang Choong-ki pediram demissão para assumir a responsabilidade pelo escândalo. Choi e Chang também são suspeitos na investigação da promotoria especial.
O Samsung Group não teve nenhum comentário imediato a oferecer sobre a notícia quando procurado pela Reuters.