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Roger Agnelli diz que tudo o que pode fazer, agora, é trabalhar

Agnelli afirma que escolha de presidente da Vale cabe apenas aos acionistas

Agnelli: ênfase no trabalho realizado para se manter no cargo (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 11h50.

São Paulo – O presidente da Vale, Roger Agnelli, voltou a se manifestar publicamente sobre a possibilidade de deixar o cargo. Em uma curtíssima nota de três linhas à imprensa, Agnelli afirmou que seu cargo pertence aos acionistas e que, portanto, cabe a eles decidirem quem o ocupa.

A íntegra da nota divulgada é:

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“A decisão sobre a escolha do diretor-presidente da Vale compete exclusivamente aos acionistas controladores da empresa. O que tenho feito nos últimos dias é o mesmo que fiz ao longo de toda a minha carreira: trabalhar. Não tenho envolvimento com qualquer questão política relativa a este assunto”.

Fritura

A sucessão de Roger Agnelli ganhou força nesta semana, com a notícia de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com o presidente do conselho de administração do Bradesco, Lázaro Brandão. No encontro, Mantega teria pedido a susbtituição de Agnelli, que comanda a Vale desde 2001.

A troca de Agnelli estaria, apenas, na dependência de encontrar um nome que agrade tanto ao governo, quanto ao Bradesco. A presidente Dilma Rousseff teria orientado sua equipe a evitar que a substituição ganhe tons políticos, embora seja inevitável associar a queda de Agnelli aos atritos com o governo desde 2008.

Durante a crise mundial, que ganhou força em 2008, Agnelli cortou investimentos e demitiu parte dos funcionários. Além disso, encomendou navios cargueiros a estaleiros da Ásia. As medidas desagradaram o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a declarar, publicamente, a sua contrariedade. Desde então, o governo trabalha pela troca de Agnelli por um nome mais alinhado aos seus interesses.

O objetivo é que o novo comandante da Vale privilegie investimentos no Brasil, o que impulsionaria a economia local e a balança comercial. Nos dez anos em que está à frente da mineradora, Agnelli voltou-se para o mercado externo, adquirindo empresas estrangeiras e transformando a Vale na segunda maior mineradora diversificada do mundo.

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