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Resultado financeiro pressiona lucro da TIM no 3º trimestre

Companhia registrou lucro líquido de 315 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 373,2 milhões de reais um ano antes

Loja da TIM em São Paulo: lucro foi "amplamente impactado pelos resultados financeiros líquidos", informou a companhia (Lia Lubambo/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 21h41.

Rio de Janeiro - O lucro líquido da TIM Participações caiu 15,6 por cento no período de julho a setembro na comparação anual sob o impacto dos resultados financeiros, em um momento em que o mercado trabalha com a possibilidade de venda da operadora.

A empresa registrou lucro líquido de 315 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 373,2 milhões de reais um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 371 milhões de reais.

O lucro foi "amplamente impactado pelos resultados financeiros líquidos", informou a TIM na noite desta terça-feira.

Este resultado ficou negativo em 90,2 milhões de reais, frente a 29,5 milhões de reais negativos do mesmo período do ano passado. Segundo a TIM, o aumento ocorreu devido à alta anual de 11,3 por cento das despesas financeiras, com a dívida bruta maior (4,8 bilhões de reais frente a 3,5 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2012).

A operadora afirmou que apesar de dificuldades com o ambiente macroeconômico desfavorável no período, seus resultados continuaram "mostrando resiliência", à medida em que estratégias praticadas há alguns trimestres estão apresentando resultados positivos, tanto operacionais quanto financeiros.

Uma delas é a ampliação da base de clientes pós-pagos, que no trimestre encerrado em setembro cresceu 16,4 por cento ano a ano. Outra medida é a ampliação do uso de serviços dados, cujas receitas tiveram alta de 21,5 por cento, para 1,36 bilhão de reais, impulsionada pela maior penetração dos smartphones.

Desta forma, a receita líquida total subiu 7,6 por cento, a 5,083 bilhões de reais, além de uma alta de 40,9 por cento da receita com produtos. Mas a receita líquida média por cliente (ARPU, do inglês) atingiu 18,6 reais no período, queda de 1,6 por cento na comparação anual.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 1,25 bilhão de reais, alta de 4,2 por cento na comparação anual.

A posição dívida líquida/Ebitda acumulada em 12 meses ficou em 0,28 vez, contra 0,29 vez no terceiro trimestre de 2012.

Mais que os resultados financeiros, os investidores estão atentos para sinais de consolidação no setor de telecomunicações internacional e a possibilidade de venda da TIM.

No mês passado, a espanhola Telefónica fechou acordo para ampliar gradualmente o controle na Telecom Italia. No país, a Telefónica é dona da Telefônica Brasil, da qual a Vivo faz parte.

A Telecom Italia, por sua vez, controla a TIM Participações. Autoridades brasileiras têm manifestado oposição a um eventual arranjo em que Telefónica e TIM se unam no país.

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Rio de Janeiro - O lucro líquido da TIM Participações caiu 15,6 por cento no período de julho a setembro na comparação anual sob o impacto dos resultados financeiros, em um momento em que o mercado trabalha com a possibilidade de venda da operadora.

A empresa registrou lucro líquido de 315 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 373,2 milhões de reais um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 371 milhões de reais.

O lucro foi "amplamente impactado pelos resultados financeiros líquidos", informou a TIM na noite desta terça-feira.

Este resultado ficou negativo em 90,2 milhões de reais, frente a 29,5 milhões de reais negativos do mesmo período do ano passado. Segundo a TIM, o aumento ocorreu devido à alta anual de 11,3 por cento das despesas financeiras, com a dívida bruta maior (4,8 bilhões de reais frente a 3,5 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2012).

A operadora afirmou que apesar de dificuldades com o ambiente macroeconômico desfavorável no período, seus resultados continuaram "mostrando resiliência", à medida em que estratégias praticadas há alguns trimestres estão apresentando resultados positivos, tanto operacionais quanto financeiros.

Uma delas é a ampliação da base de clientes pós-pagos, que no trimestre encerrado em setembro cresceu 16,4 por cento ano a ano. Outra medida é a ampliação do uso de serviços dados, cujas receitas tiveram alta de 21,5 por cento, para 1,36 bilhão de reais, impulsionada pela maior penetração dos smartphones.

Desta forma, a receita líquida total subiu 7,6 por cento, a 5,083 bilhões de reais, além de uma alta de 40,9 por cento da receita com produtos. Mas a receita líquida média por cliente (ARPU, do inglês) atingiu 18,6 reais no período, queda de 1,6 por cento na comparação anual.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 1,25 bilhão de reais, alta de 4,2 por cento na comparação anual.

A posição dívida líquida/Ebitda acumulada em 12 meses ficou em 0,28 vez, contra 0,29 vez no terceiro trimestre de 2012.

Mais que os resultados financeiros, os investidores estão atentos para sinais de consolidação no setor de telecomunicações internacional e a possibilidade de venda da TIM.

No mês passado, a espanhola Telefónica fechou acordo para ampliar gradualmente o controle na Telecom Italia. No país, a Telefónica é dona da Telefônica Brasil, da qual a Vivo faz parte.

A Telecom Italia, por sua vez, controla a TIM Participações. Autoridades brasileiras têm manifestado oposição a um eventual arranjo em que Telefónica e TIM se unam no país.

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