Rappi vai registrar entregadores? Justiça determina que sim; app vai recorrer
Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determina que o aplicativo de delivery registre todos os entregadores como funcionários CLT
Repórter de Negócios
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 15h13.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 16h13.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, determinou que o aplicativo de delivery Rappi contrate sob as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) todos os trabalhadores que realizam serviços de entrega para a companhia. A decisão também prevê o pagamento de 1% do faturamento de 2022 por lesão aos direitos dos trabalhadores. A Rappi informa que vai recorrer.
A decisão atende a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP). No último mês, a Justiça Trabalhista de São Paulo determinou que a Uber terá de pagar R$ 1 bilhão eefetivar os registros dos motoristas por meio do regimeCLT.No entanto, em nota, a empresa de corridas por aplicativo informou que recorrerá da decisão.
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De acordo com a decisão do TRT-2, a Rappi não pode solicitar serviços de entregadores que não tenham registro em carteira no prazo de 30 dias sob pena de pagamento de multa de R$ 10 mil por trabalhador não regularizado.
A decisão também exige a contratação de todos os entregadores que prestaram serviço para o aplicativo de entrega por, no mínimo, seis meses entre 2017 e maio de 2023. Dentro desse período, o trabalhador deverá ter feito no mínimo três entregas, em três meses diferentes.
O que a Rappi tem a dizer
Em nota, a empresa afirma que vai recorrer à decisão do TRT-2 por "não concorda com a decisão proferida".
Confira a seguir o posicionamento da empresa na íntegra:
"A Rappi informa que vai recorrer à decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, pois não concorda com a decisão proferida. O STF e o STJ já possuem diversas decisões contrárias à que apresentou o Tribunal. Além disso, há debates vigentes a respeito da relação entre entregadores e plataformas, no qual estamos colaborando ativamente com o GT que discute o assunto, evidenciando a não sustentação da decisão. Estamos disponíveis ao diálogo e para contribuir com eventuais propostas que venham a surgir, tanto na Câmara Municipal quanto no Congresso Nacional".
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