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Como a IA Generativa está criando uma nova corrida de bilionários

Jensen Huang, fundador e CEO no comando da Nvidia, mais do que triplicou a sua fortuna em pouco mais de um ano

. (BagoGames via Flickr/Reprodução)

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Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 14h39.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2024 às 12h32.

Uma simples olhada na lista das maiores fortunas globais já é o suficiente para notar o predomínio do setor de tecnologia. A exceção é Bernard Arnault, o bilionário francês no comando da casa de marcas de luxo LVMH.

Os bilionários de tecnologia transitam por esses rankings faz tempo. Muitos carregam o status de “ex-mais rico do mundo” e cresceram no primeiro boom do mercado, entre as décadas de 1990 e os anos 2000.

O anúncio da OpenAi sobre o ChatGPT e adesão quase unânime à evolução da tecnologia deu uma repaginada no setor - e nas fortunas desses bilionários. 

Quem está liderando a corrida

De acordo com um levantamento da Bloomberg, 30 das 500 maiores fortunas globais se beneficiam hoje dos investimentos em Inteligência Artificial Generativa. 

O exemplo maior é Jensen Huang, fundador e CEO no comando da Nvidia. A empresa se tornou a terceira maior do Estados Unidos, ultrapassando a Alphabet, dona do Google, e ficando só atrás da Apple e Microsoft. 

Por trás do crescimento da empresa, está a alta demanda por chips que podem impulsionar as ferramentas de IA generativa. 

No patrimônio de Huang, o impacto pode ser expresso da seguinte forma. Em janeiro de 2023, a fortuna estava estimada em 13 bilhões de dólares. Pouco mais de um ano depois, chegou a US$ 64,3 bilhões, colocando o executivo na 23ª posição entre os mais ricos do mundo.  

Dois nomes ligados à Microsoft também beneficiaram do novo momento da Inteligência Artificial, Bill Gates e Steve Ballmer. A empresa voltou aos holofotes por ser a gigante por trás da OpenAI, com investimentos que garantiram 49% de participação no negócio. 

Os papeis da companhia fundada por Gates e Paul Allen em 1975 avançaram cerca de 60% desde novembro de 2022, período do anúncio da OpenAI. 

Ballmer, o maior acionista individual da Microsoft, detém uma fortuna estimada em US$ 19,4 bilhões, de acordo com o ranking de bilionários da Forbes. Em dezembro de 2022, a cifra era bem menor: 84,1 bilhões.  

Gates, dono de 1% da companhia, tem um patrimônio estimado em US$ 124,4 bilhões e ocupa a 7ª posição entre os mais ricos. Ballmer está em 9º. 

A influência da tecnologia percorre pela Meta, dona do Facebook e Instagram. Apesar de ter anunciado recursos vultosos para o metaverso, é com a IA generativa que a companhia tem surfado um novo momento. 

Após um ano de 2022 para esquecer, com as ações retrocedendo em 62%, a companhia tem refeito o caminho de volta ao crescimento. Os papéis estão no maior patamar histórico.

O gás vem, principalmente, a partir de novas descobertas em inteligência artificial, que melhoraram a capacidade de alcance dos anúncios exibidos pela plataforma.

Não à toa, Mark Zuckerberg está na quarta colocação entre os mais ricos do mundo, com uma fortuna de US$ 170,4 bilhões. 

Da velha geração também vem Larry Ellison, fundador e diretor-executivo da Oracle, criada em 1977. Com 40% de participação no negócio, ele é dono de uma fortuna estimada em US$ 141 bilhões, na quinta colocação geral.

A empresa está bem posicionada no mercado com ferramentas para potencializar o uso de inteligência artificial generativa. No portfólio, a Oracle tem clusters GPU, com alto poder computacional, sendo usados, por exemplo, pela Nvidia. 

Quem são os novos bilionários

Co-fundador e CEO da OpenIA, Sam Altman ainda não aparece na lista dos  bilionários da IA generativa. Mas já tem outros novatos que viram os dígitos na conta serem elevados em novas potências.

É o caso de Lisa Su, prima de Huang, da NVidia, e CEO da AMD (Advanced Micro Devices), empresa com mais de 130% de crescimento no valor dos papéis desde o início de 2023. Primeira mulher no comando de uma empresa de chips, ela tem uma fortuna de US$ 1,1 bilhão, salto de 49% sobre maio passado.   

O novo grupo ainda inclui Charles Liang, da Super Micro Computer, com 6,2 bilhões, e até o fundador e CEO do SoftBank Masayoshi Son. Da fortuna avaliada em US$ 15 bilhões, 3 bilhões foram obtidos neste ano. 

A alta de 75% nas ações da Arm Holdings, uma empresa na qual o SoftBank detém 90% da participação, contribuiu para o resultado. 

A Arm, assim como a Nvidia, e a AMD, está no mercado de chips, essencial para suportar a nova capacidade de processamento demandada pela IAs generativas.  

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