Navio-plataforma da OGX: inadimplência da companhia está sendo absorvida por consorciados (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 19h07.
A Óleo e Gás Participações, ex-OGX, deixou de pagar 73 milhões de reais relativos a sua participação no bloco BS-4, na Bacia de Campos, informou a Queiroz Galvão Óleo e Gás, operadora e parceira da petroleira de Eike Batista na área exploratória.
A QGEP relatou a inadimplência da sócia à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de acordo com comunicado divulgado ao mercado nesta sexta-feira.
"O valor não aportado pela OGX está sendo suportado pelos consorciados adimplentes em 50 por cento cada", disse a QGEP.
O bloco, que deu origem aos campos de Atlanta e Oliva, é desenvolvido pelo consórcio formado pela Queiroz Galvão Exploração e Produção (30 por cento), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda (30 por cento) e pela petroleira de Eike (40 por cento).
A OGX comprou a sua participação na concessão da Petrobras no ano passado, por 270 milhões de dólares.
"A Companhia (QGEP) aguarda o posicionamento da ANP acerca do tratamento jurídico a ser dado pela agência para o descumprimento da OGX, enfatizando que todas as medidas necessárias para solução da questão serão tomadas pelo consórcio em consonância com as determinações da ANP, nos termos da lei e dos contratos aplicáveis." A despeito da inadimplência, a ex-OGX, que está em processo de recuperação judicial, continua contando com as atividades do bloco, segundo informações dadas por seus executivos em encontro com investidores nesta semana.
Segundo os executivos, a petroleira e seus sócios estudam perfurar no pré-sal do bloco, que fica ao lado da gigantesca área de Libra, na Bacia de Santos.
A companhia de Eike informou que o bloco BS-4 terá um sistema de produção antecipado para extrair inicialmente 25 mil barris petróleo por dia. Depois da implantação do sistema definitivo da área, estimado para 2018, a produção deverá alcançar 80 mil barris diários.