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Queda nos calotes e crédito impulsionam lucro do Santander

O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta terça-feira que seu lucro líquido somou 684 milhões de reais no primeiro trimestre

Entrada da sede do Santander em São Paulo (Luísa Melo/Exame.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 11h05.

São Paulo - O Santander Brasil teve forte alta do lucro no primeiro trimestre, desafiando o cenário de baixo crescimento econômico do país com um mix de aceleração do crédito e queda das provisões para perdas com calotes.

O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta terça-feira que seu lucro líquido somou 684 milhões de reais no período, alta de 31,9 por cento ante mesma etapa de 2014.

Desconsiderando despesas com amortização de ágio, o lucro foi de 1,633 bilhão de reais, aumento anual de 14,4 por cento.

Diferentemente do que tem feito seus maiores rivais, o Santander Brasil acelerou as concessões de financiamentos, especialmente para grandes empresas, justamente o maior alvo de preocupação do mercado, diante dos efeitos da operação Lava Jato .

No fim de março, o estoque de empréstimos do banco somava 324,7 bilhões de reais no conceito ampliado, avanço de 4,6 por cento na base sequencial e de 18 por cento em 12 meses. O avanço também tem influência da associação com o Banco Bonsucesso, no crédito consignado, que agregou 1,7 bilhão de reais.

As operações com grandes companhias deram um salto de 39,5 por cento ano a ano, para 110,5 bilhões de reais. A carteira pessoa física aumentou apenas 5,8 por cento, enquanto a de pequenas e médias empresas caiu 0,7 por cento no mesmo período.

Segundo banco, o forte avanço em grandes empresas teve impacto da variação cambial. Mas mesmo sem ela, a alta no segmento teria sido de 25,3 por cento em 12 meses.

Nos últimos meses, o escrutínio do mercado sobre a qualidade do crédito dos bancos para grandes corporações tem crescido no rastro da Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras.

Mas no caso do Santander Brasil, o índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, ficou em 3 por cento, queda de 0,8 ponto percentual em 12 meses e de 0,3 ponto sobre dezembro.

E as despesas do banco para provisões para perdas com calotes tiveram queda de 14,4 por cento em relação a igual período de 2014, a 2,568 bilhões de reais, mostrando que o banco não prevê piora da qualidade do crédito nos próximos trimestres.

Os indicadores antecedentes, contudo, mostraram tendência de elevação. O índice de inadimplência de 15 a 90 dias subiu, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas ante dezembro.

Em outra frente, as receitas do Santander Brasil com tarifas e serviços somaram 2,83 bilhões de reais, incremento de 7,4 por cento sobre o primeiro trimestre de 2014, mas queda de 5 por cento na comparação sequencial.

Um outro ponto positivo do balanço foi o controle das despesas gerais, que somaram 4,1 bilhões de reais no trimestre, alta de 3,2 por cento ano a ano, bem abaixo da inflação.

No fim de março, os ativos totais do grupo somavam 612,29 bilhões de reais, aumento de 23,8 por cento em 12 meses.

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São Paulo - O Santander Brasil teve forte alta do lucro no primeiro trimestre, desafiando o cenário de baixo crescimento econômico do país com um mix de aceleração do crédito e queda das provisões para perdas com calotes.

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Desconsiderando despesas com amortização de ágio, o lucro foi de 1,633 bilhão de reais, aumento anual de 14,4 por cento.

Diferentemente do que tem feito seus maiores rivais, o Santander Brasil acelerou as concessões de financiamentos, especialmente para grandes empresas, justamente o maior alvo de preocupação do mercado, diante dos efeitos da operação Lava Jato .

No fim de março, o estoque de empréstimos do banco somava 324,7 bilhões de reais no conceito ampliado, avanço de 4,6 por cento na base sequencial e de 18 por cento em 12 meses. O avanço também tem influência da associação com o Banco Bonsucesso, no crédito consignado, que agregou 1,7 bilhão de reais.

As operações com grandes companhias deram um salto de 39,5 por cento ano a ano, para 110,5 bilhões de reais. A carteira pessoa física aumentou apenas 5,8 por cento, enquanto a de pequenas e médias empresas caiu 0,7 por cento no mesmo período.

Segundo banco, o forte avanço em grandes empresas teve impacto da variação cambial. Mas mesmo sem ela, a alta no segmento teria sido de 25,3 por cento em 12 meses.

Nos últimos meses, o escrutínio do mercado sobre a qualidade do crédito dos bancos para grandes corporações tem crescido no rastro da Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras.

Mas no caso do Santander Brasil, o índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, ficou em 3 por cento, queda de 0,8 ponto percentual em 12 meses e de 0,3 ponto sobre dezembro.

E as despesas do banco para provisões para perdas com calotes tiveram queda de 14,4 por cento em relação a igual período de 2014, a 2,568 bilhões de reais, mostrando que o banco não prevê piora da qualidade do crédito nos próximos trimestres.

Os indicadores antecedentes, contudo, mostraram tendência de elevação. O índice de inadimplência de 15 a 90 dias subiu, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas ante dezembro.

Em outra frente, as receitas do Santander Brasil com tarifas e serviços somaram 2,83 bilhões de reais, incremento de 7,4 por cento sobre o primeiro trimestre de 2014, mas queda de 5 por cento na comparação sequencial.

Um outro ponto positivo do balanço foi o controle das despesas gerais, que somaram 4,1 bilhões de reais no trimestre, alta de 3,2 por cento ano a ano, bem abaixo da inflação.

No fim de março, os ativos totais do grupo somavam 612,29 bilhões de reais, aumento de 23,8 por cento em 12 meses.

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