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Pressionada, Kraft Heinz tenta reanimar investidores com inovação

Empresa está cada dia mais pressionada pela mudança nos padrões de consumo ao redor do mundo, sobretudo nos Estados Unidos

Produtos da Kraft Heinz: companhia teve queda nas vendas em 12 dos últimos 16 trimestres (Brendan McDermid/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 07h03.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 07h45.

A fabricante de alimentos Kraft Heinz , controlada pelo fundo brasileiro 3G e pelo investidor Warren Buffett, divulga resultados do segundo trimestre nesta sexta-feira com expectativa de que as mudanças em curso comecem a trazer resultados que reanimem investidores.

A companhia, famosa por seu ketchup, teve em 2017 um ano que seu presidente, Bernardo Hees, afirmou que “não refletiu nosso progresso, nem nosso potencial”. A companhia está cada dia mais pressionada pela mudança nos padrões de consumo ao redor do mundo, sobretudo nos Estados Unidos. Consumidores buscam produtos orgânicos e saudáveis, de um lado, e itens baratos e de marca própria das grandes redes varejistas, de outro. A Kraft, um império com marcas de bens de consumo estabelecidas, fica presa no meio do caminho. Jorge Paulo Lemann, o controlador do 3G, chegou a afirmar que é um “dinossauro apavorado” com as mudanças no consumo global.

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A companhia não atingiu as estimativas de vendas em 12 dos últimos 16 trimestres, e perdeu receita em nove de suas 11 categorias de produtos no último trimestre. A expectativa é de nova queda no faturamento, de 6,87 bilhões de dólares para 6,79 bilhões de dólares, nos resultados de hoje. Mas é na linha dos lucros e resultados operacionais que estarão concentradas as atenções. A expectativa é de novo aumento no resultado por ação, de 85 centavos para 95 centavos, o que pode mostrar uma renovada capacidade da empresa de encarar as adversidades.

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A Kraft Heinz aposta que seu crescente investimento em inovação e em expansão internacional é capaz, no médio e no longo prazo, de trazer respostas às mudanças no padrão de consumo. Entre suas novidades estão um novo item de café da manhã, o Just Crack an Egg, que permite aos consumidores finalizar em casa sua refeição. A companhia está expandindo seu porftólio de marcas em países como o Brasil, lançando novos formatos de embalagens, e segue analisando aquisições.

A Kraft Heinz, vale lembrar, teve uma oferta de aquisição da Unilever vetada há um ano e meio. Desde então, Hees segue afirmando que se o mercado entrar em nova fase de aquisição, sua empresa será um participante. A falta de clareza sobre o futuro faz com que as ações da empresa acumulem queda de 27% nos últimos 12 meses.

 

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