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“Podemos trabalhar com 50% dos funcionários em casa”, diz CEO da Petrobras

Segundo o executivo, a pandemia do coronavírus mostrou que é possível adotar permanentemente o home office e, com isso, cortar custos

Roberto Castello Branco: pandemia mostrou que é possível trabalhar mais de casa (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Roberto Castello Branco: pandemia mostrou que é possível trabalhar mais de casa (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 15 de maio de 2020 às 10h54.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 16h20.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta sexta-feira, 15, em teleconferência com analistas que a pandemia do novo coronavírus mostrou que é possível adotar permanentemente medidas de trabalho remoto, reduzindo custos expressivos nas operações da companhia.

"Vimos que podemos trabalhar com 50% das pessoas em casa, vamos liberar vários prédios que custam muito", afirmou o executivo. Ele acrescentou que apenas um dos prédios em que funcionários da companhia trabalham custa 35 milhões de reais por ano só com manutenção.

O corte de custos é uma das estratégias da companhia - e de todas as petroleiras - diante da maior crise da história do setor.

Em entrevista recente à revista EXAME, Nicolas Simone, diretor executivo de transformação digital e inovação da Petrobras, afirmou que antes mesmo da pandemia a companhia já trabalhava na transformação digital de suas operações, o que foi crucial para colocar 20.000 funcionários em home office durante a quarentena.

"Tivemos de antecipar o projeto de digitalização da companhia para nos adequar à quarentena”, disse Simone. Conforme o executivo, o maior desafio que a companhia deve enfrentar neste período e também no futuro é a segurança de dados. A estrutura montada pela petroleira permite acesso remoto via rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês) e suporta até 40.000 acessos simultâneos.

Balanço

Na noite desta quinta-feira, 14, a Petrobras reportou um prejuízo líquido de 48,5 bilhões de reais no primeiro trimestre, após baixa contábil, que levou em conta uma revisão das premissas de longo prazo para o petróleo Brent.

A baixa contábil considera principalmente mudanças no valor recuperável de campos como Roncador, Marlim Sul, Polo Norte, Albacora Leste, entre outros, com um impacto total de 57,6 bilhões de reais.

Outros 6,6 bilhões de reais ocorreram com a hibernação de campos e plataformas em águas rasas.

A receita da empresa foi de 75,5 bilhões de reais de janeiro a março, alta de 6,5% sobre igual intervalo do ano passado.

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