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Plataforma P-62 é interditada por Ministério do Trabalho

A plataforma só poderá começar a produzir após resolver irregularidades e passar por nova inspeção

Plataforma P-62, da Petrobras: segundo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), fiscais identificaram 11 pendências de segurança  (Yasuyoshi Chiba/AFP/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 21h36.

Rio - Inaugurada em dezembro pela Petrobras e lançada ao mar inacabada, a plataforma P-62 foi interditada para produção pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na última sexta-feira, 14.

A plataforma só poderá começar a produzir após resolver irregularidades e passar por nova inspeção. A nova inspeção ocorrerá apenas quando as obras estiverem prontas.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), os fiscais identificaram 11 pendências de segurança que precisam ser atendidas antes do início das operações.

Segundo um dos integrantes da equipe de auditores do trabalho envolvidos na inspeção, ouvido pela reportagem sob condição do anonimato, como é nova, a P-62 tem todas as condições de operar com segurança, mas "alguns itens precisam ser concluídos".

Em nota, a Petrobras informou que "continuam normalmente as atividades a bordo da plataforma P-62". O auditor explicou que a interdição impede o início da produção. Atividades relacionadas às obras seguem com a P-62 em alto mar.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, revelou mês passado que a P-62 saiu do estaleiro incompleta, encarecendo a finalização das obras e expondo trabalhadores a risco. A P-62 foi a última plataforma da Petrobras a ser entregue no ano passado, em cerimônia em dezembro com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Segundo sindicalistas, esse não foi o primeiro caso. Por pressão política, para melhorar o saldo da balança comercial e para dar satisfação ao mercado, as plataformas são inauguradas inacabadas e depois finalizadas em mar.

Representantes do Sindipetro-NF visitaram a P-62 e informaram que o sistema náutico saiu do estaleiro sem um cabo de ré, sem uma das amarras do sistema de ancoragem de bombordo (lado esquerdo) e sem o sistema elétrico pronto, entre outros itens.

A instalação de um gerador de energia chegou a provocar um incêndio. Muitos dos problemas poderiam ser evitados com alguns dias mais de trabalho no estaleiro, segundo o sindicato.

"O certo seria que tudo fosse feito no estaleiro", disse o auditor do trabalho. O sistema de combate a incêndios, detectores de fumaça e gases e relatórios de inspeção do sistema de vasos de pressão estão entre os itens em falta na P-62.

Nesta segunda-feira, 17, por meio de nota, a Petrobras informou que após a inspeção, "nenhum serviço foi interditado, estando liberados todos os trabalhos."

"A P-62 somente entrará em produção quando estiverem concluídos os serviços de comissionamento previstos para execução offshore - aí incluídos todos os sistemas de segurança necessários - e obtidas as autorizações dos órgãos competentes, inclusive da SRTE. A Petrobras reitera que a plataforma P-62 saiu do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (Pernambuco), após serem concluídos os serviços de comissionamento previstos para o estaleiro, havendo recebido todas as autorizações e licenças", diz a nota.

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Rio - Inaugurada em dezembro pela Petrobras e lançada ao mar inacabada, a plataforma P-62 foi interditada para produção pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na última sexta-feira, 14.

A plataforma só poderá começar a produzir após resolver irregularidades e passar por nova inspeção. A nova inspeção ocorrerá apenas quando as obras estiverem prontas.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), os fiscais identificaram 11 pendências de segurança que precisam ser atendidas antes do início das operações.

Segundo um dos integrantes da equipe de auditores do trabalho envolvidos na inspeção, ouvido pela reportagem sob condição do anonimato, como é nova, a P-62 tem todas as condições de operar com segurança, mas "alguns itens precisam ser concluídos".

Em nota, a Petrobras informou que "continuam normalmente as atividades a bordo da plataforma P-62". O auditor explicou que a interdição impede o início da produção. Atividades relacionadas às obras seguem com a P-62 em alto mar.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, revelou mês passado que a P-62 saiu do estaleiro incompleta, encarecendo a finalização das obras e expondo trabalhadores a risco. A P-62 foi a última plataforma da Petrobras a ser entregue no ano passado, em cerimônia em dezembro com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Segundo sindicalistas, esse não foi o primeiro caso. Por pressão política, para melhorar o saldo da balança comercial e para dar satisfação ao mercado, as plataformas são inauguradas inacabadas e depois finalizadas em mar.

Representantes do Sindipetro-NF visitaram a P-62 e informaram que o sistema náutico saiu do estaleiro sem um cabo de ré, sem uma das amarras do sistema de ancoragem de bombordo (lado esquerdo) e sem o sistema elétrico pronto, entre outros itens.

A instalação de um gerador de energia chegou a provocar um incêndio. Muitos dos problemas poderiam ser evitados com alguns dias mais de trabalho no estaleiro, segundo o sindicato.

"O certo seria que tudo fosse feito no estaleiro", disse o auditor do trabalho. O sistema de combate a incêndios, detectores de fumaça e gases e relatórios de inspeção do sistema de vasos de pressão estão entre os itens em falta na P-62.

Nesta segunda-feira, 17, por meio de nota, a Petrobras informou que após a inspeção, "nenhum serviço foi interditado, estando liberados todos os trabalhos."

"A P-62 somente entrará em produção quando estiverem concluídos os serviços de comissionamento previstos para execução offshore - aí incluídos todos os sistemas de segurança necessários - e obtidas as autorizações dos órgãos competentes, inclusive da SRTE. A Petrobras reitera que a plataforma P-62 saiu do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (Pernambuco), após serem concluídos os serviços de comissionamento previstos para o estaleiro, havendo recebido todas as autorizações e licenças", diz a nota.

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