Pharol, ex-Portugal Telecom, vai apoiar aumento de capital na Oi
A Pharol é o maior acionista individual da tele, com participação de 22,24% por meio da subsidiária Bratel
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de junho de 2017 às 10h30.
A Pharol (antiga Portugal Telecom), um dos principais acionistas da Oi , vai apoiar um eventual aumento de capital na companhia, mas ainda não definiu se irá participar desse processo, informou ao Estadão/Broadcast o presidente da empresa portuguesa, Luís Palha da Silva. "Não nos opomos a nenhum aumento de capital. A hipótese de diluição não nos assusta", afirmou.
A Pharol é o maior acionista individual da tele, com participação de 22,24% por meio da subsidiária Bratel. Outro acionista relevante da tele é o empresário Nelson Tanure, por meio do fundo Société Mondiale - dono de 6,32% do capital social.
A tele estuda incluir a capitalização de até R$ 8 bilhões no processo de recuperação judicial. O tema foi tratado na quarta-feira na reunião do conselho, mas não houve definições sobre o assunto, segundo fontes.
O executivo destacou que ainda é prematuro falar em aderir à capitalização. "Queremos avaliar todas as condições. Não temos como definir isso sem saber minimamente quais são as condições", disse.
Questionado se a Pharol teria recursos para ingressar no aumento de capital, afirmou que se a operação for atrativa eles "aparecem". Palha não quis, entanto, dizer até quanto poderiam aportar em recursos novos na companhia.
Já Tanure pretende manter a sua posição na companhia. Em abril, havia informado ao Estadão/Broadcast que estaria disposto a colocar US$ 2 bilhões na Oi, com fundos de investimentos. Junto a fundos que estão alinhados com ele, a participação sobe para cerca de 35% da Oi.
Credores
Sobre o processo de recuperação judicial, o executivo da Pharol afirmou que após a última mudança na proposta aos credores, apresentada em março, não foram feitas contrapropostas.
O presidente da Pharol destacou que a companhia está focada em realizar a assembleia de credores para votar o plano de recuperação judicial até o fim de setembro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.