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Petroleira Saudi Aramco tem queda de 20,6% no lucro

"A queda se deve principalmente à redução dos preços do petróleo bruto e dos volumes de produção", afirmou a empresa em nota

Saudi Aramco: empresa desencadeou uma queda generalizada de preços do petróleo após crise com a Rússia nesta semana (Maxim Shemetov/Reuters)
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AFP

Publicado em 15 de março de 2020 às 10h09.

Última atualização em 15 de março de 2020 às 20h51.

A gigante do petróleo Saudi Aramco anunciou publicamente pela primeira vez seus resultados anuais: a empresa registrou queda de 20,6% do lucro líquido em 2019, provocada pela redução dos preços do petróleo .

Em 2019, a empresa registrou lucro líquido de 88,2 bilhões de dólares, contra 111,1 bilhões em 2018, informa um comunicado publicado no site da bolsa saudita.

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"A queda se deve principalmente à redução dos preços do petróleo bruto e dos volumes de produção", afirmou a empresa, o maior grupo com cotação na Bolsa no mundo.

"2019 foi um ano excepcional para a Saudi Aramco. Em circunstâncias diferentes – algumas planejadas e outras não - o mundo pôde observar uma mostra sem precedentes da agilidade e resiliência da Saudi Aramco", declarou o presidente da empresa, Amin Nasser.

"Nossa escala única, nossos custos reduzidos e nossa resiliência se uniram para crescimento e o lucro mais importantes do mundo, mantendo ao mesmo tempo nossa posição como uma das empresas de energia mais confiáveis do planeta", completou.

O anúncio dos resultados anuais da Saudi Aramco, inicialmente previstos para segunda-feira, foi feito em um contexto de nervosismo no mercado de petróleo, provocado pela epidemia do novo coronavírus e por uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.

Riad pressiona Moscou, segundo maior produtor mundial de petróleo, a aceitar uma redução da produção global para compensar a queda da demanda, que registra uma desaceleração pela pandemia de coronavírus.

Em abril de 2019, a Aramco permitiu pela primeira vez o acesso a suas contas, mas apenas para agências de classificação financeira. A empresa tem a obrigação de ser mais transparente desde sua histórica entrada na bolsa, em 11 de dezembro de 2019.

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