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Petrobras reduz importação de derivados e tem refino recorde

No último domingo a petrolífera atingiu novo recorde de processamento em suas refinarias, totalizando 2,149 milhões de barris por dia


	Petrobras: neste ano, a Petrobras já realizou dois reajustes do preço do diesel, mas os derivados seguem sendo vendidos com defasagem em relação aos valores internacionais.
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Petrobras: neste ano, a Petrobras já realizou dois reajustes do preço do diesel, mas os derivados seguem sendo vendidos com defasagem em relação aos valores internacionais. (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 15h47.

Rio de Janeiro - A Petrobras reduziu importação de derivados de petróleo entre 10 e 15 mil barris/dia no primeiro trimestre, por conta do aumento do refino para patamares recordes, em um movimento que poderá melhorar o desempenho do setor de Abastacimento da estatal.

A empresa está importando cerca de 245 mil barris/dia de diesel e gasolina --patamar que deverá ser mantido até o final do ano, anunciou nesta terça-feira em entrevista a jornalistas o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza.

A importação de diesel da Petrobras é preponderante, somando cerca de 195 mil barris/dia, acrescentou.

Enquanto isso, no último domingo a petrolífera atingiu novo recorde de processamento em suas refinarias, totalizando 2,149 milhões de barris por dia, segundo o diretor.

"Isso reduz de forma substantiva a necessidade de importação com esse nível de processamento", afirmou Cosenza.

Como os preços dos combustíveis comercializados no país não variam de acordo com a cotação internacional, a Petrobras tem amargado prejuízo com as importações de derivados acima do preço de revenda no mercado interno. No ano passado, o lucro da estatal recuou 36 por cento, para 21,18 bilhões de reais, configurando o menor lucro anual da empresa deesde 2004.

Neste ano, a Petrobras já realizou dois reajustes do preço do diesel, mas os derivados seguem sendo vendidos com defasagem em relação aos valores internacionais, enquanto a empresa busca no médio prazo uma paridade com as cotações externas.

As importações brasileiras de derivados tiveram forte alta no ano anterior para atender à crescente demanda, após anos sem a construção de novas refinarias. O consumo de combustíveis tem aumentado acima da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto.

O consumo de gasolina também cresceu com aumento da frota de carros flex e pelos preços mais competitivos do combustível frente ao álcool na maior parte do país.

Os executivos, no entanto, não entrarem em detalhes sobre as importações de petróleo, uma vez que a produção de óleo no país está abaixo do volume processado. Em fevereiro, a Petrobras produziu no Brasil 1,92 milhão de barris ao dia.

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