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Petrobras planeja 1ª unidade de GNL do País para 2013

Por Nicola Pamplona e Tatiana Freitas Rio e São Paulo - A Petrobras pretende instalar a primeira unidade de liquefação de gás natural do País em 2013, como parte de um dos projetos pilotos da área do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo informou hoje o diretor da Área e Exploração da Petrobras, Guilheme Estrella, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Por Nicola Pamplona e Tatiana Freitas

Rio e São Paulo - A Petrobras pretende instalar a primeira unidade de liquefação de gás natural do País em 2013, como parte de um dos projetos pilotos da área do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo informou hoje o diretor da Área e Exploração da Petrobras, Guilheme Estrella, a ideia é que a unidade de GNL seja atrelada a um dos projetos pilotos que serão instalados na área.

Em palestra durante seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o diretor afirmou ainda que esta unidade deverá ter capacidade para processar entre 1,5 milhão e 2 milhões de metros cúbicos por dia, "mas poderá ser maior dependendo do projeto de engenharia e da questão logística das plataformas".

Segundo ele, a Petrobras estuda ter nas plataformas cerca de 20% menos funcionários em atuação, já numa primeira fase de implantação das unidades. Isso deve ser reduzido ainda mais numa segunda fase, tendendo a ter o mínimo de pessoas dentro de uma plataforma. "Queremos algo próximo a zero", disse. A operação, segundo ele, será feita toda em terra.

O diretor também comentou que estão sendo feitos esforços no intuito de trazer empresas de manutenção e fabricação de componentes para o País, com objetivo de elevar o conteúdo nacional nas unidades. Já está sendo avaliada, por exemplo, a vinda de fabricantes de turbinas para atender a uma primeira encomenda, de 350 unidades.

Capitalização

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, indicou hoje uma faixa de preço na qual pode ser definido o valor dos barris de petróleo que serão cedidos onerosamente pela União à companhia, no processo de capitalização da estatal. A estimativa foi feita com base em um levantamento sobre as operações de compra e venda de reservas realizadas recentemente no mercado internacional. "Os preços usados variaram de cerca de US$ 2 a US$ 16 e US$ 17 o barril. Acredito que o nosso vai ficar nessa faixa, mas o intervalo ainda é muito amplo", disse o executivo, durante teleconferência com analistas.

Segundo Barbassa, em 2008 foram realizadas 143 transações de compra e venda de reservas em todo o mundo. Em 2009, foram cerca de 40. O executivo ressaltou, no entanto, que compra e venda de reservas de petróleo é uma operação muito diferente da cessão onerosa que está sendo discutida hoje no Brasil. No caso da operação clássica do mercado internacional, é feita uma estimativa do volume de óleo recuperável para a reserva negociada, o que pode ser encarado como um risco à operação, já que a previsão pode não se confirmar.

"Colocando um volume fixo na transação, estamos eliminando esse tipo de risco, o que também não quer dizer que não haja risco no processo de valoração", ponderou. O projeto que está em discussão no Congresso Nacional prevê a cessão onerosa de 5 bilhões de barris da União para a Petrobras. O risco, de acordo com Barbassa, estaria em questões que estão em aberto, como quando o petróleo será produzido e o valor dos investimentos necessários.

 

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