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Petrobras diz buscar convergência com preços externos

Maria das Graças Foster disse que, não fosse a desvalorização do câmbio, a empresa teria tido uma convergência de preços muito mais próxima com o mercado internacional


	Graça Foster ressaltou que, em 2012, as realizações financeiras da empresa foram acompanhadas paralelamente à realização física dos projetos
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Graça Foster ressaltou que, em 2012, as realizações financeiras da empresa foram acompanhadas paralelamente à realização física dos projetos (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 13h29.

Rio de Janeiro - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse, nesta terça-feira, que, não fosse a desvalorização do câmbio, a empresa teria tido uma convergência de preços muito mais próxima com o mercado internacional.

Graça informou que, em 2012, a variação cambial do petróleo tipo Brent foi de 8% e a variação cambial, de 19%. Ela lembrou que, em nove meses, foram concedidos quatro reajustes no preço do diesel no mercado doméstico, somando 21,9%. "É um reajuste bastante expressivo", disse. Também houve dois para gasolina, somando 14,9%.

Na apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período de 2013 a 2017, a Petrobras volta a afirmar que há uma "busca pela convergência com preços internacionais" de combustíveis.

Um gráfico mostrado na apresentação feita a analistas, mostra que desde o final de 2010 a empresa está perdendo com a defasagem. Graça disse que "a política de formação de preço da companhia não mudou". A informação foi dada em conferência para detalhamento do plano de negócios para o período 2013-2017, nesta terça-feira.

A opção da Petrobras continua sendo dar prioridade aos investimentos na área de exploração e produção, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli.

O setor receberá 62% do total de US$ 236,7 bilhões do programa de investimentos, o que equivale à soma de US$ 147,5 bilhões para a área. O pré-sal receberá 24% dos investimentos totais em E&P; a área exploratória da cessão onerosa, 6%.

"(A distribuição dos recursos) está associada ao índice de sucesso nas áreas", disse Formigli. O desenvolvimento da produção, fase imediatamente posterior à decretação de comercialidade dos campos, receberá a maior parte do orçamento (69%).


"À medida que tiver descobertas em novas fronteiras, a parcela (no pós-sal) volta a crescer", ressaltou o diretor da Petrobras.

Graça Foster ressaltou que, em 2012, as realizações financeiras da empresa foram acompanhadas paralelamente à realização física dos projetos. No ano passado, a empresa obteve uma "realização financeira" de R$ 84,1 bilhões, a maior já registrada pela petroleira, para o cumprimento de 104,8% dos projetos previstos.

Ela destacou que a empresa trabalha para que os desembolsos financeiros sejam acompanhados diretamente pelas realizações físicas dos projetos. "Tivemos uma medição sistemática da realização física e financeira", afirmou a uma plateia de analistas de mercado.

Graça destacou que a empresa trabalha para que os desembolsos financeiros sejam acompanhados diretamente pelas realizações físicas dos projetos. "Tivemos uma medição sistemática da realização física e financeira", disse.

A presidente da Petrobrás disse que o novo plano de negócios 2013-2017 "guarda total identificação com o plano de negócios anterior (2012-2016)". "São exatamente os mesmos de 2012-2016", disse. Graça disse que o foco é em produção, com US$ 75 bilhões em construção de poços, e em disciplina de capital.

Graça Foster citou as refinarias Premium I e II, no Maranhão e no Ceará, como prioridades entre os projetos em avaliação pela empresa. Segundo Graça, as refinarias ganharam maturidade. Segundo Graça, há outros projetos em avaliação pela empresa, porém, não ganharam a mesma maturidade das refinarias premium, assim como as unidades produtoras de fertilizantes.

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