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Petrobras deve sair do setor de fertilizantes com venda de ativos

A Petrobras disse que as unidades serão vendidas em conjunto e que o processo seguirá uma sistemática aprovada pelo TCU para seus desinvestimentos

Petrobras: "A iniciativa faz parte da estratégia de saída integral da produção de fertilizantes" (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: "A iniciativa faz parte da estratégia de saída integral da produção de fertilizantes" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 18h55.

São Paulo - A Petrobras iniciou processo para a venda da subsidiária integral Araucária Nitrogenados (Ansa) e da Unidade de Fertilizantes-III (UFN-III), em mais um movimento de seu plano de desinvestimentos e parcerias que visa reduzir o endividamento.

Em comunicado nesta segunda-feira, a Petrobras disse que as unidades serão vendidas em conjunto e que o processo seguirá uma sistemática aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para seus desinvestimentos.

"A iniciativa faz parte da estratégia de saída integral da produção de fertilizantes, conforme divulgado no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021", disse a companhia em nota.

A UFN-III, em Três Lagoas, teve suas obras iniciadas em setembro de 2011, mas os trabalhos acabaram paralisados em dezembro de 2015, com avanço físico de cerca de 80 por cento. A UFN deverá produzir amônia e ureia.

"Com a transferência do ativo para o futuro comprador, as obras para conclusão do empreendimento poderão ser retomadas", disse a Petrobras em nota.

Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, a Petrobras informou que uma decisão judicial da semana passada manteve suspensa até 7 de novembro uma ação civil pública que visava a proibição da alienação da UFN-III pela estatal.

A Araucária Nitrogenados, inaugurada em 1982, produz amônia e ureia para uso nas indústrias química e de fertilizantes, além do produto químico "Arla 32" e de CO2.

A Petrobras tem como meta realizar 21 bilhões de dólares em parcerias e desinvestimentos no biênio 2017/2018, o que incluirá a saída da estatal de alguns setores não associados a seu negócio principal, como é o caso da produção de fertilizantes.

As vendas de ativos e parcerias visam reduzir a enorme dívida da companhia e focar seus investimentos em negócios mais rentáveis, como a produção de petróleo nos produtivos campos do pré-sal.

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