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Petrobras considera reduzir jornada e salários

Até 2019, devem ser cortados benefícios que somam US$ 12 bilhões

Austeridade: até 2019, devem ser cortados benefícios que somam US$ 12 bilhões (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 09h18.

Rio de Janeiro - A Petrobras considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus empregados concursados.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso à proposta de acordo coletivo defendida pela direção da estatal para o período de 2015 a 2017.

No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40 horas.

A adesão seria voluntária, mas acarretaria um corte de 25% nos ganhos mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro.

Para sair do papel, o acordo coletivo, divulgado na quinta-feira, 10, na intranet da empresa, ainda depende de negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Além de propor redução salarial e das horas trabalhadas nos escritórios, a petroleira quer impor que, nas unidades operacionais, como em plataformas e refinarias, a carga de trabalho passe de dez para oito horas diárias.

Isso valeria para as áreas que operam em sistema de turnos, sem interrupção.

Para esse grupo de funcionários, a Petrobras não dá liberdade de escolha, como nos escritórios. A redução seria imposta para todos os empregados.

No fim do mês passado, no dia 26 de agosto, a nova direção, comandada por Aldemir Bendine, que assumiu o controle da empresa com a missão de reestruturar o caixa, já havia anunciado que promoveria um corte de "gastos operacionais gerenciáveis".

Até 2019, devem ser cortados benefícios que somam US$ 12 bilhões. Na prática, a petroleira vai suspender direitos até então garantidos aos seus trabalhadores - 80,9 mil funcionários próprios e cerca de 200 mil terceirizados .

Em resposta ao Broadcast, a Petrobras informou que "está aberta ao diálogo para as negociações sobre o acordo".

Para o representante dos funcionários no conselho de administração da estatal, Deyvid Bacelar, a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso na companhia.

"Isso é gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta ascender um fósforo."

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Rio de Janeiro - A Petrobras considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus empregados concursados.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso à proposta de acordo coletivo defendida pela direção da estatal para o período de 2015 a 2017.

No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40 horas.

A adesão seria voluntária, mas acarretaria um corte de 25% nos ganhos mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro.

Para sair do papel, o acordo coletivo, divulgado na quinta-feira, 10, na intranet da empresa, ainda depende de negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Além de propor redução salarial e das horas trabalhadas nos escritórios, a petroleira quer impor que, nas unidades operacionais, como em plataformas e refinarias, a carga de trabalho passe de dez para oito horas diárias.

Isso valeria para as áreas que operam em sistema de turnos, sem interrupção.

Para esse grupo de funcionários, a Petrobras não dá liberdade de escolha, como nos escritórios. A redução seria imposta para todos os empregados.

No fim do mês passado, no dia 26 de agosto, a nova direção, comandada por Aldemir Bendine, que assumiu o controle da empresa com a missão de reestruturar o caixa, já havia anunciado que promoveria um corte de "gastos operacionais gerenciáveis".

Até 2019, devem ser cortados benefícios que somam US$ 12 bilhões. Na prática, a petroleira vai suspender direitos até então garantidos aos seus trabalhadores - 80,9 mil funcionários próprios e cerca de 200 mil terceirizados .

Em resposta ao Broadcast, a Petrobras informou que "está aberta ao diálogo para as negociações sobre o acordo".

Para o representante dos funcionários no conselho de administração da estatal, Deyvid Bacelar, a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso na companhia.

"Isso é gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta ascender um fósforo."

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