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Petrobras confirma Graça Foster na presidência

Após rumores de que a presidente da Petrobras sairia, o conselho de administração confirmou que ela permanece no cargo

A presidente da Petrobras, Graça Foster: empresa confirmou por nota que ela permanece (Wilson Dias/ABr)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 18h08.

Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da Petrobras confirmou nesta sexta-feira Graça Foster na presidência da companhia, em meio a rumores de que ela sairia do cargo por causa das investigações abertas contra a companhia.

A confirmação foi comunicada em uma nota de imprensa divulgada após a reunião em que o Conselho de Administração analisou os resultados da empresa no segundo trimestre do ano, que serão divulgados nesta sexta-feira.

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"A Petrobras comunica que o Conselho de Administração refuta quaisquer especulações sobre a saída da presidente Maria das Graças Silva Foster.", afirmou a nota.

As versões sobre a suposta renúncia ou destituição da executiva surgiram depois de o Tribunal de Contas da União (TCU), começar a investigar uma denúncia contra a Petrobras por má gestão, e admitir que estuda pedir o embargo dos bens de Foster por sua responsabilidade em uma decisão que provocou perdas para a empresa.

A reunião que os magistrados do tribunal teriam esta semana para analisar a medida contra a presidente da Petrobras foi adiada a pedido do chefe da Advocacia Geral da União, Luiz Inácio Adams, para quem o embargo de bens deixaria Foster sem condições de permanecer à frente da empresa.

"Apesar de estar dirigida contra a pessoa física de Foster, a decisão afeta a própria gestão da empresa. Seu comando ficaria inviável porque tiraria sua legitimidade", explicou Adams.

O TCU responsabilizou os antigos diretores da empresa pela bilionária perda provocada pela compra de uma refinaria nos Estados Unidos, embargou seus bens e determinou o pagamento de indenização de US$ 792,3 milhões.

Foster, apesar de fazer parte da direção da empresa na época, inicialmente foi excluída dessa decisão, o que o tribunal atribuiu a um erro que seria corrigido esta semana.

O polêmico negócio, que também é objeto de investigação da procuradoria do Rio de Janeiro e de uma CPI no Congresso, se refere à compra de uma refinaria em Pasadena , no Texas, em 2006.

A Petrobras comprou metade do capital da refinaria por US$ 360 milhões da empresa belga Astra Oil, que um ano antes tinha pago US$ 42,5 milhões por 100% da unidade.

Devido a uma cláusula no contrato, a Petrobras foi forçada a desembolsar outros US$ 820 milhões pela outra metade do capital.

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