Peru e Brasil querem trocar informações sobre Odebrecht
No início do ano, a Odebrecht fechou um acordo de cooperação com o Peru, no qual se comprometeu a pagar uma multa de US$ 9 milhões
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 16h37.
Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o chefe do Ministério Público no Peru, Pablo Sanchez Velarde, assinaram nesta sexta-feira, 13, uma declaração conjunta para intensificar a cooperação internacional e trocas de informações sobre corrupção.
O acordo tem como objetivo garantir o aprofundamento de investigações relacionadas à Odebrecht .
No início do ano, a Odebrecht fechou um acordo preliminar de cooperação com o Peru, no qual se comprometeu a pagar uma multa de US$ 9 milhões pelos ganhos ilícitos que obteve no país.
Após sair da reunião com Janot, o procurador peruano afirmou que a investigação é grande e abrange casos de corrupção em três períodos de governo peruano.
"Não vamos tolerar nenhum caso de corrupção no Peru e nem aceitar pressão", disse Velarde. Segundo ele, procuradores do Peru e procuradores brasileiros que atuam no caso irão se encontrar nos próximos dias para falar sobre as investigações.
A investigação sobre a Odebrecht no Peru corre sob sigilo, assim como no Brasil. Velarde afirmou que não é suficiente saber os nomes dos envolvidos, mas também obter datas, fatos e provas efetivas.
"Vamos seguir dialogando", disse Velarde sobre a colaboração com o Brasil. Ele prometeu transparência nas investigações.