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Outlets investem em entretenimento para competir com shoppings

Localizados mais próximos das grandes cidades, eles investem em cinemas, praças de alimentação e outras formas de entretenimento

America Outlet: crise foi uma oportunidade para os outlets (About/Divulgação)

America Outlet: crise foi uma oportunidade para os outlets (About/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 08h00.

Última atualização em 18 de agosto de 2017 às 10h28.

São Paulo - Os outlets estão se transformando para conquistar o espaço de shopping centers. O intuito é visam atrair pessoas da Geração Y, que muitas vezes não têm carro para andar longos trajetos.

Tradicionalmente, os locais de compras com preços reduzidos ficam em rodovias, distantes dos grandes centros urbanos. No entanto, como ficam mais perto das grandes cidades, estão investindo em cinemas, praças de alimentação e outras formas de entretenimento.

O movimento de outlets nas grandes cidades começou há alguns anos nos EUA, mas só chegou agora no Brasil, afirmou André Costa, sócio-fundador da Agência Brasileira de Outlets (About).

No mercado americano, a média de recorrência de visitas a um outlet era de 5 vezes por ano. A maior proximidade dos espaços  com as cidades, fez com que o número subisse para 12 vezes anuais.

Por aqui, o Lapa City, em São Paulo, deve ser inaugurado ano que vem já com essa proposta, assim como o City Aracaju, em Sergipe.

A mudança também se dá nos empreendimentos em funcionamento. O Fernão Dias Outlet, em Atibaia, está apostando em salas de cinema e melhorar seu mix de entretenimento e, ao mesmo passo, o America Outlet, em Feira de Santana (BA), também iniciou a construção de salas de cinema.

Grande chance

Nos últimos dois anos, centenas de lojas de departamentos e shopping centers fecharam as portas nos Estados Unidos.

Além disso, a crise no Brasil abalou os shoppings, que fecharam quase metade das lojas e amargaram enormes prejuízos. Os shoppings abertos entre 2013 e 2015, por exemplo, vinham operando com 45% das lojas vazias.

A crise, no entanto, foi uma oportunidade para os outlets. Como esses centros oferecem itens com desconto, a procura inclusive aumentou.

"Como o outlet é reconhecido como um local de grandes descontos, a crise não afetou o formato, nem aqui e nem nos Estados Unidos", afirmou Costa.

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