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Os maiores negócios da América Latina no 1º tri de 2012

Operações brasileiras encabeçam o ranking de fusões e aquisições da Dealogic, liderado pela compra das ações da Redecard pelo Itaú

Por 6,8 bilhões de dólares, compra das ações da Redecard pelo Itaú foi a maior transação do trimestre (Divulgação/Veja)

Por 6,8 bilhões de dólares, compra das ações da Redecard pelo Itaú foi a maior transação do trimestre (Divulgação/Veja)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 14h38.

São Paulo - Desde 2009, o volume movimentado com fusões e aquisições na América Latina não era tão baixo no primeiro trimestre do ano: foram 27,2 bilhões de dólares entre janeiro e março de 2012, queda de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo levantamento da Dealogic, contudo, o número de negócios não deixou a desejar. Foram 427 operações nos três primeiros meses do ano, segundo melhor resultado obtido em um trimestre. As quatro maiores transações da lista referem-se a venda de empresas brasileiras.

A aquisição da Redecard pelo Itaú é a primeira colocada do ranking. O banco já controlava a operadora de cartões. No início de fevereiro, o Itaú decidiu tirar a empresa da bolsa, pagando 6,8 bilhões de dólares por 49% das ações ordinárias que circulavam no mercado.

A compra do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, aparece em seguida. Desembolsando 2,2 bilhões de dólares - ágio de 159,75% sobre o preço mínimo solicitado pelo governo - o consórcio Aeroportos Brasil, formado pela Triunfo, UTC Engenharia e pela francesa Egis Projects, arrematou a oferta no leilão. Contestado pelo grupo concorrente Novas Rotas, liderado pela Odebrecht, e pela empresa ES Engenharia, o negócio ganhou sinal verde da Agência Nacional de Aviação Civil na semana passada.

Também entraram na lista da Dealogic a venda de 5,6% da EBX à Mubadala, empresa de investimento estratégico de Abu-Dhabi, e a incorporação da One Properties pela BR Properties, dando 23,4% da empresa ao BTG Pactual e a uma associação de investidores privados.

O Citi foi a instituição que mais assessorou fusões e aquisições. Juntas, as transações somaram 14,3 bilhões de dólares. Quando o assunto é o dinheiro levantado com as operações, a liderança é do BTG Pactual, que levou 18 milhões de dólares pelas 16 operações em que atuou como advisor.

Veja a lista com as 10 maiores transações do primeiro trimestre de 2012:

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Operação de venda Quem comprou Valor 
Redecard Itaú US$ 6,8 bilhões
Aeroporto Internacional de Viracopos Triunfo, UTC Engenharia e Egis Projects US$ 2,2 bilhões
EBX (fatia de 5,6%) Mubadala Development US$ 2 bilhões
One Properties (fatia de 23,4%) BTG Pactual e investidores privados US$ 1,8 bilhão
Embotelladoras Coca-Cola Polar Embotelladora Andina US$ 915 milhões
HSBC Bank Panama (operações na Costa Rica, El Salvador e Honduras) Banco Davivienda US$ 801 milhões
Confab (fatia de 58%) Techint US$ 786 milhões
STE Sul Transmissora de Energia, ATE I Transmissora de Energia, ATE II Transmissora de Energia e ATE III Transmissora de Energia Cemig US$ 765 milhões
Autostrade SudAmerica (fatia de 45,8%) Atlantia US$ 757 milhões
BVP CPFL Energia US$ 622 milhões
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