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Oi troca CEO e antecipa divulgação de resultado de 2012

Após ter anunciado que Francisco Valim deixará a companhia, a Oi divulgou ter obtido receita líquida de serviços de 27,5 bilhões de reais em 2012

Francisco Valim, que deixará a Oi: o executivo havia liderado a Serasa Experian e a Net antes de entrar para a companhia (Ana Carolina Fernandes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 19h48.

Rio de Janeiro e Sâo Paulo - O grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta terça-feira uma repentina mudança no comando da empresa, nomeando o então presidente do Conselho de Administração José Mauro Carneiro da Cunha como presidente-executivo.

O anúncio da saída de Francisco Valim da Oi um ano e meio após ter assumido a companhia motivou queda expressiva das ações do grupo na bolsa paulista. Na segunda-feira, quando surgiram as primeiras notícias de atritos entre Valim e os sócios da Oi, os papéis da empresa já haviam recuado.

No início desta noite, em uma tentativa de acalmar investidores, a Oi divulgou dados preliminares dos resultados de 2012, diante de especulações de que a saída de Valim teria relação também com um desempenho aquém do esperado da companhia.

A Oi teve geração de caixa medida pelo Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 8,7 bilhões de reais no ano passado, praticamente em linha com a meta da empresa de 8,8 bilhões de reais.

A receita líquida consolidada de serviços foi de 27,5 bilhões de reais em 2012, também dentro da previsão da diretoria de 27,3 bilhões de reais de faturamento em serviços.

Pela manhã, em um breve comunicado ao mercado, a holding Telemar Participações informou que Carneiro da Cunha substituirá Valim na presidência-executiva da Oi e de empresas controladas. José Augusto da Gama Figueira, que era suplente do chairman, assumirá a presidência do Conselho de Administração.


Formado em Engenharia Mecânica, Carneiro da Cunha ocupou cargos executivos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na iniciativa privada, além da presença como membro de diversos Conselhos de Administração, foi vice-presidente de planejamento estratégico da Braskem entre 2003 e 2005.

Não ficou claro no documento se Carneiro da Cunha estava assumindo o posto interinamente ou de forma definitiva, mas uma fonte a par do assunto disse à Reuters que a Oi buscará um novo presidente-executivo no mercado.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a transição no topo da diretoria da Oi agora será semelhante à feita na saída do ex-presidente da companhia Luiz Eduardo Falco, em junho de 2011. Na ocasião, o mesmo Carneiro da Cunha assumiu interinamente o cargo.

A fonte não soube precisar quanto tempo levará para a Oi escolher um novo presidente-executivo.

No começo deste mês, a Oi adiou o "Investor Day" (Dia do Investidor) programado para 4 de março no Rio de Janeiro e dia 7 do mesmo mês em Nova York, alegando motivos de logística. A empresa não definiu novas datas, afirmando apenas que os eventos devem ocorrer ainda no primeiro semestre.


SAÍDA ABRUPTA

Valim, que antes da Oi liderou a Serasa Experian e a Net, era bem visto pelo mercado, embora alguns analistas tenham considerado seu plano estratégico para a companhia até 2015 audacioso na época de seu anúncio, em abril passado.

Ele estava no comando da empresa quando foi feita uma importante reorganização para simplificar a estrutura societária do grupo, no começo de 2012.

As ações preferenciais e ordinárias da Oi caíram 7,93 e 6,64 por cento nesta terça-feira, respectivamente, amargando as maiores quedas dentro do Ibovespa, que reúne os principais papéis da bolsa paulista e teve queda de 0,34 por cento.

Na véspera, a ação preferencial da Oi teve desvalorização de 5,1 por cento, após notícia publicada na coluna de Lauro Jardim, no site da revista Veja, sobre a iminência da saída de Valim.

Ao apresentar seus números preliminares de 2012, a Oi disse também que sua dívida líquida consolidada no fim de dezembro era de 25 bilhões de reais, ante estimativa de 24,9 bilhões de reais anunciada em abril do ano passado.

A Oi reafirmou, ainda, a proposta de pagamento aos acionistas no montante de 1 bilhão de reais, em complemento aos valores já distribuídos em agosto de 2012.

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Rio de Janeiro e Sâo Paulo - O grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta terça-feira uma repentina mudança no comando da empresa, nomeando o então presidente do Conselho de Administração José Mauro Carneiro da Cunha como presidente-executivo.

O anúncio da saída de Francisco Valim da Oi um ano e meio após ter assumido a companhia motivou queda expressiva das ações do grupo na bolsa paulista. Na segunda-feira, quando surgiram as primeiras notícias de atritos entre Valim e os sócios da Oi, os papéis da empresa já haviam recuado.

No início desta noite, em uma tentativa de acalmar investidores, a Oi divulgou dados preliminares dos resultados de 2012, diante de especulações de que a saída de Valim teria relação também com um desempenho aquém do esperado da companhia.

A Oi teve geração de caixa medida pelo Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 8,7 bilhões de reais no ano passado, praticamente em linha com a meta da empresa de 8,8 bilhões de reais.

A receita líquida consolidada de serviços foi de 27,5 bilhões de reais em 2012, também dentro da previsão da diretoria de 27,3 bilhões de reais de faturamento em serviços.

Pela manhã, em um breve comunicado ao mercado, a holding Telemar Participações informou que Carneiro da Cunha substituirá Valim na presidência-executiva da Oi e de empresas controladas. José Augusto da Gama Figueira, que era suplente do chairman, assumirá a presidência do Conselho de Administração.


Formado em Engenharia Mecânica, Carneiro da Cunha ocupou cargos executivos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na iniciativa privada, além da presença como membro de diversos Conselhos de Administração, foi vice-presidente de planejamento estratégico da Braskem entre 2003 e 2005.

Não ficou claro no documento se Carneiro da Cunha estava assumindo o posto interinamente ou de forma definitiva, mas uma fonte a par do assunto disse à Reuters que a Oi buscará um novo presidente-executivo no mercado.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a transição no topo da diretoria da Oi agora será semelhante à feita na saída do ex-presidente da companhia Luiz Eduardo Falco, em junho de 2011. Na ocasião, o mesmo Carneiro da Cunha assumiu interinamente o cargo.

A fonte não soube precisar quanto tempo levará para a Oi escolher um novo presidente-executivo.

No começo deste mês, a Oi adiou o "Investor Day" (Dia do Investidor) programado para 4 de março no Rio de Janeiro e dia 7 do mesmo mês em Nova York, alegando motivos de logística. A empresa não definiu novas datas, afirmando apenas que os eventos devem ocorrer ainda no primeiro semestre.


SAÍDA ABRUPTA

Valim, que antes da Oi liderou a Serasa Experian e a Net, era bem visto pelo mercado, embora alguns analistas tenham considerado seu plano estratégico para a companhia até 2015 audacioso na época de seu anúncio, em abril passado.

Ele estava no comando da empresa quando foi feita uma importante reorganização para simplificar a estrutura societária do grupo, no começo de 2012.

As ações preferenciais e ordinárias da Oi caíram 7,93 e 6,64 por cento nesta terça-feira, respectivamente, amargando as maiores quedas dentro do Ibovespa, que reúne os principais papéis da bolsa paulista e teve queda de 0,34 por cento.

Na véspera, a ação preferencial da Oi teve desvalorização de 5,1 por cento, após notícia publicada na coluna de Lauro Jardim, no site da revista Veja, sobre a iminência da saída de Valim.

Ao apresentar seus números preliminares de 2012, a Oi disse também que sua dívida líquida consolidada no fim de dezembro era de 25 bilhões de reais, ante estimativa de 24,9 bilhões de reais anunciada em abril do ano passado.

A Oi reafirmou, ainda, a proposta de pagamento aos acionistas no montante de 1 bilhão de reais, em complemento aos valores já distribuídos em agosto de 2012.

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