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Na Oi, mais um dia de emoções

As últimas reuniões do conselho de administração da Oi estão entre os episódios mais (in)tensos da história recente do capitalismo brasileiro. A última delas, no fim de outubro, teve discussões aos berros e até uma chamada para briga entre Rafael Mora, representante dos portugueses da Pharol (Portugal Telecom) e Nelson Tanure, ligado ao fundo Société Mondiale […]

OI: o governo estuda conceder às empresas de telefonia incentivos que podem ir de 40 a 100 bilhões de reais / Germano Lüders (Germano Luders/Exame)

OI: o governo estuda conceder às empresas de telefonia incentivos que podem ir de 40 a 100 bilhões de reais / Germano Lüders (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 20h23.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

As últimas reuniões do conselho de administração da Oi estão entre os episódios mais (in)tensos da história recente do capitalismo brasileiro. A última delas, no fim de outubro, teve discussões aos berros e até uma chamada para briga entre Rafael Mora, representante dos portugueses da Pharol (Portugal Telecom) e Nelson Tanure, ligado ao fundo Société Mondiale e acionista mais recente da companhia.

A reunião marcada para esta quarta-feira tinha tudo para somar um novo capítulo a esse histórico. Mas, ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) expediu uma medida cautelar determinando que todos os nomes indicados pelo fundo Société se abstenham das reuniões do colegiado. A portas fechadas, as coisas devem ser mais tranquilas, portanto.

Segundo a agência, o Société não poderia participar das reuniões, já que a autorização para isso ainda está em análise na Anatel. O Société enviou ofício à Anatel informando que tinha intenção de integrar o conselho da Oi em 26 de agosto. A agência afirma que não tinha conhecimento da participação dos conselheiros do Société até que a imprensa começou a noticiar sobre a fatídica reunião de outubro.

O fundo já disse que vai respeitar a decisão da Anatel. O governo e a agência reguladora têm mostrado um grande empenho para garantir que a Oi, dona do maior calote da história (65 bilhões de reais) sobreviva. Na segunda-feira, o governo anunciou que está elaborando uma medida provisória para intervir na companhia caso o conselho de administração continue sem se entender. A pressa do governo em ajeitar as coisas é para não perder o interesse de potenciais compradores – o egípcio Naguib Sawiris, com fortuna de 3 bilhões de dólares, é favorito.

A Oi também publica seu balanço do terceiro trimestre nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado. A expectativa é de mais um prejuízo, desta vez de 358 milhões de reais, ante 1 bilhão de reais do terceiro trimestre de 2015. Hoje, investidores devem ficar com um olho no balanço e o outro na reunião.

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