Oi garante resultados com linhas fixas, em vez de celulares

São Paulo - A Oi é tradicionalmente conhecida por operar no mercado de telefonia móvel, mas, neste ano, ela acredita que o segmento residencial, composto por linha fixa, banda larga e TV por assinatura, vai ser a base para que suas metas sejam cumpridas.

Segundo Alex Zornig, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, trata-se de um braço de negócio da Oi que começou a ter uma contribuição positiva no balanço.

"O segmento residencial é nossa aposta para atingir nossas metas neste ano. Ele nos dará suporte", afirmou o executivo, nesta quarta-feira, em áudio-conferência com analistas.

No segundo trimestre do ano, o segmento residencial somou receita adicional de 187 milhões de reais, revertendo um prejuízo de mais de 70 milhões de reais. No período, o faturamento da Oi somou 7 bilhões de reais, 2,5% a mais em relação ao mesmo trimestre de 2011.

O lucro líquido da operadora caiu mais de 80% no segundo trimestre do ano, totalizando 64 milhões de reais. No semestre, os ganhos da Oi totalizaram 410 milhões de reais, queda de 12% em relação aos seis primeiros meses de 2011.

Proibição de vendas

Assim como outras operadoras, a Oi também foi vetada de vender em algumas regiões do país pela Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). A companhia já entregou ao órgão regulatório o plano de investimentos para melhorar seus serviços e aguarda agora a liberação.

A companhia, no entanto, acredita que a proibição não vai atrapalhar seu desempenho no ano. “Nada deve abalar nossa performance para este ano, nem mesmo a proibição imposta pela Anatel”, afirmou Zornig.

Os investimentos da Oi previstos para o ano devem somar 6 bilhões de reais. Mais de 30% desse montante será destinado para melhoria de serviços e atendimento da companhia. No primeiro semestre do ano, a Oi já fez investimentos de 2,4 bilhões de reais, 31% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.