Funcionário da OGX: companhia de Eike Batista tem US$ 3,6 bilhões em bônus em circulação (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 18h52.
São Paulo - Conselheiros que representam a companhia brasileira OGX Petróleo e Gás Participações, do empresário Eike Batista, e os detentores de bônus emitidos pela empresa não devem chegar a um acordo sobre a reestruturação da dívida esta semana, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto. Ambos os lados têm participado de longas reuniões em Nova York e alguns avanços foram feitos, mas o resultado das negociações ainda é incerto e talvez seja preciso mais tempo para um acordo final ser alcançado.
A OGX, que tem US$ 3,6 bilhões em bônus em circulação, deixou de pagar recentemente US$ 45 milhões em juros. A companhia tem até o fim do mês para encontrar uma solução, ou entrará oficialmente em default (calote). A empresa contratou os conselheiros financeiros Lazard Ltd e Blackstone Group para coordenar as conversas com os credores. Os principais credores, a Pacific Investment Management Co (Pimco) e a BlackRock, são representados pelo banco europeu de investimento Rothschild.
As discussões nos últimos dias envolveram pedidos para a injeção de mais capital pelos atuais detentores de bônus e a possibilidade do chamado financiamento 'debtor-in-possession', um tipo especial de crédito para empresas em dificuldades financeiras, que tem prioridade sobre todas as outras dívidas, ações e títulos emitidos pela companhia.
Segundo as fontes ouvidas pela Dow Jones, a OGX continua estudando a possibilidade de buscar proteção judicial no futuro próximo. Entretanto, um pedido de proteção sob a lei de falências não deve ocorrer antes do próximo dia 20. A empresa não quis comentar o assunto. Fonte: Dow Jones Newswires.