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Odebrecht assina contrato para construir gasoduto no Peru

A Odebrecht e a Enagás assinaram contrato com o Ministério de Energia e Minas do Peru para a construção e operação do Gasoduto Sul Peruano

Usina da Odebrecht: duto percorrerá 1.080 quilômetros (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 14h29.

Lima - A Odebrecht e a espanhola Enagás assinaram nesta quarta-feira com o Ministério de Energia e Minas do Peru o contrato para a construção e operação do Gasoduto Sul Peruano, que se estenderá da jazida de Camisea em Cuzco até o porto de Ilo no litoral.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, declarou após a assinatura do contrato no Palácio do governo que se trata de um "marco histórico" para o desenvolvimento do gás no país, já que este era um recurso "adormecido" no subsolo desde a década de 80.

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"Eram épocas difíceis, não tínhamos toda a experiência para a utilização de uma matéria-prima tão importante e, além disso, não havia créditos", lembrou Humala sobre o período.

Ele ressaltou que existe uma política energética e metas a ser cumpridas, com o objetivo de industrializar este recurso e exportar a energia para a região e para o mundo.

"O Peru está trabalhando uma política de diversificação energética, e o gás nos permitirá falar de desenvolvimento de uma indústria petroquímica no sul do país", acrescentou.

O ministro da Energia e Minas, Eleodoro Mayorga, afirmou que acredita que a Odebrecht e a Enagás farão o serviço eficiente que todos os peruanos esperam.

"Esperamos que os investimentos, que em três ou quatro anos devem girar os US$ 3,6 bilhões, e o trabalho da empresa ao longo da exploração e concessão por 30 anos, sejam feitos de maneira eficiente, pois o Peru assim os exige", declarou o ministro.

Ele indicou que o ato de hoje marca o compromisso entre o consórcio que ganhou a licitação e o Estado, que se compromete a terminar a obra no prazo previsto.

O ministro acrescentou que haverá outra cerimônia em Cuzco, com o presidente peruano, para celebrar a assinatura do contrato, tal como tinha anunciado no início desta semana.

"O gás permitirá a energia necessária para a geração de eletricidade para o sul e para a industrialização", afirmou Mayorga.

O Gasoduto Sul Peruano (GSP) consiste no projeto, financiamento, construção, operação, manutenção e transferência ao Estado peruano de um Sistema de Transporte de Gás Natural com uma longitude de mais de mil quilômetros e um diâmetro de 32 polegadas.

O duto percorrerá 1.080 quilômetros de Camisea (na região de Cuzco) até Ilo (na região de Moquegua), onde será instalado um polo petroquímico.

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