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O que pode e o que não na web corporativa?

SÃO PAULO Assim como no resto do mundo, as empresas brasileiras estão aprendendo como oferecer a internet a seus funcionários, o que pode ser liberado e o que não pode. Além do custo do acesso (bastante alto ainda no país) elas querem entender o que afeta a produtividade dos empregados, na visão da Websense que […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h28.

SÃO PAULO Assim como no resto do mundo, as empresas brasileiras estão aprendendo como oferecer a internet a seus funcionários, o que pode ser liberado e o que não pode. Além do custo do acesso (bastante alto ainda no país) elas querem entender o que afeta a produtividade dos empregados, na visão da Websense que desenvolve um sistema para o controle do abuso da utilização da internet nas empresas.

Segundo Fernando Fontão, engenheiro de sistemas para a América Latina da Websense, a internet está mudando o perfil das companhias e as políticas adotadas nas áreas de Recursos Humanos. "Elas estão ficando bem mais flexíveis, mas se preocupam com o gasto com a web e também com quanto seu uso afeta o desempenho dos funcionários", afirma, citando que uma pesquisa recente feita pelo Hotmail com seus usuários descobriu que 10% deles são viciados em sexo virtual.

Aqui no Brasil, diz Fontão, as práticas de controle do uso da internet dependem muito do perfil da empresa. Bancos de investimento, por exemplo, optam geralmente por não colocar filtros que impedem a navegação por certos sites.

"Eles preferem apenas monitorar, para poder identificar problemas potenciais. Estão mais interessados em conhecer quem são seus funcionários, e já partem do pressuposto de que o nível intelectual de seus profissionais, por si só, já funciona como uma espécie de filtro", conta. "Já fábricas e indústrias, onde a mão-de-obra é geralmente menos qualificada intelecutalmente, entendem que não adianta educar sobre o uso da internet. Elas optam direto pelo bloqueio de pornografia e sites de violência, racismo e de hackers, entre outros".

Em ambos os casos o bom senso, geralmente, acaba prevalescendo: sites de notícia, por exemplo, quase sempre são considerados como instrumento de trabalho - ou seja: estão liberados para a navegação. Além deles, há todas aquelas páginas que são consideradas como "cota", algo que acaba não interferindo no trabalho, como internet banking, compras online, sites de fabricantes de produtos e até mesmo sites esportivos e de chat.

Entre os mais bloqueados estão os sites de streaming, de arquivos em MP3 e também os de download de softwares e de freewares. Já os programas de mensagens instantâneas ainda são um dilema: "Algumas empresas brasileiras considera este tipo de programa como intrumento de trabalho, liberando seu uso irrestrito - mesmo porque eles praticamente não gastam banda, logo, não aumentam os custos da companhia", conta Fontão. "Mas a grande maioria mesmo acha que o ICQ e seus similares são nocivos à produtividade e os bloqueiam com a ajuda de firewall".

As informações passadas por Fontão baseiam-se na experiência da Websense - que agora se mexe para crescer no Brasil - com 150 clientes no país e mais de 17 mil no mundo, totalizando 12 milhões de usuários de internet monitorados. E é só a internet; o e-mail não entra na peneira da solução oferecida pela empresa.

E, apesar dos casos recentes da GM e da Ford, que despediram funcionários por causa de pornografia via e-mail, no âmbito apenas da navegação pela web de forma incorreta os problemas são resolvidos aqui no Brasil em sua grande maioria de forma amigável. "A empresa quase sempre opta por chamar o funcionário para bater um papo e verificar o que está acontecendo, e também para explicar o quanto a prática pode ser prejudicial para a produtividade da companhia", garante.

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