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O que esperar do Startup Summit, evento para 40.000 pessoas na "Ilha do Sílicio", no sul do Brasil

Sétima edição do evento vai reunir 3.000 startups brasileiras e venture capitals que investem nesses negócios

 (Startup Summit/Divulgação)

(Startup Summit/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 06h01.

FLORIANÓPOLIS (SC)* — Não há outra cidade no Brasil com tanta empresa de tecnologia por número de habitantes como Florianópolis, capital de Santa Catarina, no sul brasileiro. São 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha, à frente de São Paulo e de Curitiba, por exemplo.

Na cidade, que é, também, uma ilha, investimentos na área digital começaram a engatinhar na década de 1980. Na época, a cidade contava com menos de 200.000 habitantes. 

As principais universidades públicas impulsionaram o nível de desenvolvimento e escolaridade na região, com destaque para a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Logo depois, surgiu por ali a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), uma referência em auxiliar o desenvolvimento tecnológico, assim como a Fundação Certi.

Uma cultura de valorização à educação foi fomentada, atrelado a incentivos governamentais, com cursos e eventos gratuitos para o desenvolvimento da área de tecnologia. 

Era o embrião de um novo mercado que hoje emprega mais de 32.000 pessoas na cidade e que deu à Ilha da Magia, como Florianópolis é conhecida, um novo apelido: a Ilha do Silício -- uma referência ao Vale do Silício, polo de inovação dos Estados Unidos e berço de negócios como Google e Facebook. 

É na Ilha do Silício que acontece, a partir dessa quarta-feira, a sétima edição do festival Startup Summit, um evento para celebrar as empresas de tecnologia que mudaram a cara da capital catarinense nos últimos anos.

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Nascido no Brasil - uma característica diferenciadora de outros grandes eventos de tecnologia que acontecem no Brasil, como o South Summit (criado em Madri) e o Web Summit (iniciado em Dublin e consolidado em Lisboa) -, o evento catarinense promove encontros entre startups e investidores e tem se consolidado como um dos principais eventos do ecossistema de startups no país.

O que esperar do Startup Summit 2024

Neste ano, cerca de 40.000 pessoas devem participar do evento. Dessas, 10.000 são esperadas presencialmente no CentroSul, espaço de eventos no coração da capital catarinense. Outras 30.000 devem acessá-lo online.

A organização do evento espera que 3.000 startups participem do festival. Haverá ainda 150 expositores, 150 fundos de venture capital e 200 palestrantes. 

Entre as palestras de destaque, estão:

  • Sílvio Meira, cientista e professor
  • Izabella Camargo, jornalista
  • Joel Jota, atleta
  • Dafna Blaschkauer, executiva com atuação na Nike e na Apple
  • Helio Azevedo, sócio e CGO da Futurum TGP, CEO da Insider Training
  • Natalia Beauty, empreendedora da marca que leva seu nome
  • Orkut Buyukkoten, fundador do Orkut

O evento é organizado pelo Sebrae, em parceria com a ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia).

“Quem já está no mercado das startups ou planeja entrar nesse universo, precisa estar atento às tendências, debates e ideias que vão acontecer durante os três dias de programação”, diz Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae. “O Sebrae convidou alguns dos maiores especialistas da atualidade, além de investidores que estão em busca de novas oportunidades de negócios. Ainda teremos duas grandes novidades neste ano: o Prêmio Sebrae Startups e o lançamento das vitrines de startups”.

A realização do Startup Summit 2024 deve gerar um impacto econômico de 24,5 milhões de reais em Florianópolis. O evento vai até sexta-feira.

*O repórter viajou a convite da Startup Summit

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