O mexicano que acumulou US$ 81 bi e ficou mais rico que Zuckerberg
A fortuna do homem mais rico da América Latina saltou 18,4 bilhões de dólares de 2021 para 2022
Mariana Desidério
Publicado em 29 de abril de 2022 às 07h00.
Dono de uma fortuna de 81,2 bilhões de dólares, o mexicano Carlos Slim Helú é o homem mais rico da América Latina e 13º mais rico do mundo de acordo com o ranking de bilionários da Forbes 2022. De 2021 para 2022, o patrimônio do mexicano saltou 18,4 bilhões de dólares. Isso colocou Slim à frente do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg no ranking de magnatas globais. Enquanto a fortuna de Slim cresceu, a de Zuckerberg diminuiu – foi de 97 bilhões de dólares para 67,3 bilhões de dólares.
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Slim é dono da América Móvil, a maior empresa de telecomunicações da América Latina. Ele também tem participações em negócios nos ramos de construção, bens de consumo, mineração e construção civil, além de ser dono de uma parte do jornal The New York Times, o mais importante dos Estados Unidos. O magnata mexicano também tem negócios no Brasil. Por aqui, a América Móvil controla Claro, Embratel e Net.
Slim é filho de imigrantes libaneses que chegaram ao México no início do século 20, fugindo da dominação otomana na região. O pai de Carlos Slim começou a atuar no comércio e depois investiu imóveis. Foi com ele que o hoje magnata aprendeu a lidar com o dinheiro e a aproveitar oportunidades de negócio em tempos de crise.
Como Carlos Slim ficou bilionário
Hoje com 82 anos, Carlos Slim se formou em engenharia. Na juventude, fundou uma corretora de valores e uma empresa de investimentos, que depois se tornaria o Grupo Carso, holding que abarca uma série de negócios do bilionário.
Na década de 1980, Carlos Slim comprou o controle de algumas companhias mexicanas, de setores diversos como varejo e finanças, em meio à crise econômica que assolava o país. Na década de 1990, o empresário entrou para o ramo das telecomunicações, que o alçaria ao topo dos rankings de bilionários do mundo.
Foi nessa época que, junto com outras empresas, Slim comprou a estatal de telefonia mexicana Telmex, por 1,7 bilhão de dólares. Pouco depois, o empresário assumiu o controle da companhia. A Telmex tinha o monopólio da telefonia no país, e o empresário se beneficiou disso para consolidar o seu poder no setor.
Nos anos 2000, Slim passou a investir também em telefonia móvel e fundou a América Móvil, que se tornou maior do que a própria Telmex, com atuação em diversos países da América Latina.