Negócios

O lado ruim das milhares de compras da Black Friday na Amazon

Trabalhadores na Europa estarão em greve por pelo menos 24 horas para protestar contra as condições de trabalho nos centros de distribuição

Centro de distribuição da Amazon: descontos de até 15% para assinaturas  / Geoffrey Robinson/ Alamy/Fotoarena (Geoffrey Robinson/ Alamy/Fotoarena/Divulgação)

Centro de distribuição da Amazon: descontos de até 15% para assinaturas / Geoffrey Robinson/ Alamy/Fotoarena (Geoffrey Robinson/ Alamy/Fotoarena/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 23 de novembro de 2018 às 16h00.

Última atualização em 23 de novembro de 2018 às 16h00.

São Paulo - Em um só dia, centenas de milhares de pacotes precisam ser enviados dos centros de distribuição da Amazon aos consumidores, ávidos por receberem suas compras da Black Friday. Porém, o frenesi das compras tem um impacto negativo em quem precisa garantir essas entregas.

Funcionários da Amazon na Europa estão protestando nessa Black Friday por conta das condições de trabalho nos centros de distribuição da companhia. Uma coalizão de sindicatos coordenou a ação. O sindicato geral do Reino Unido, o GMB Union, publicou um vídeo com funcionários dizendo "não somos robôs" em cinco línguas diferentes.

Trabalhadores de diversos países na Europa estarão em greve por pelo menos 24 horas. Mais de 2,4 mil funcionários irão paralisar as atividades na Espanha e Alemanha, de acordo com o sindicato Uni Global Union.

Já no Reino Unido cinco centros de distribuição entraram em greve, segundo o GMB. "As condições sob as quais nossos membros estão trabalhando na Amazon são, francamente, inumanas", disse o secretário geral da GMB, Tim Roache, em comunicado.

"A Amazon não fez a segurança do funcionário ser uma prioridade", disse Friorenzo Molinari, secretário de um sindicato italiano. "Para nós, parece que a companhia só finge se importar. Nossos avisos sobre condições inseguras muitas vezes são ignorados", afirmou.

Não é a primeira vez que os funcionários dos centros de distribuição da Amazon reclamam das condições de trabalho. No ano passado, centros na Alemanha e Itália também fizeram greve durante a Black Friday. Uma nova paralisação aconteceu na Espanha em julho deste ano, no Prime Day, dia de promoções voltadas aos consumidores premium da varejista.

A Amazon rebateu as acusações dos sindicatos em comunicado. "Nós providenciamos condições de trabalho seguras e positivas e encorajamos qualquer um a ver por si mesmo e fazer um tour em nossos centros de fulfillment", disse. "Somos uma companhia justa e responsável. Acreditamos em melhoramentos contínuos em nossa rede e mantemos um diálogo aberto e direto com nossos associados".

Acompanhe tudo sobre:AmazonBlack Fridaygestao-de-negociosLogística

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia