Em dia de balanço, o céu azul da Cielo fica cada vez mais nublado
ÀS SETE - Números da companhia devem vir positivos, mas os desafios, como a concorrência, continuam crescendo
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 06h44.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às 07h32.
A líder do agitado setor de meios de pagamentos Cielo publica seus resultados do quarto trimestre de 2017 nesta quinta-feira.
A expectativa é de um período de resultados fortes, impulsionado pela retomada da economia.
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A expectativa de analistas do banco Goldman Sachs é de uma alta de 9% na receita, na comparação anual, para 3,19 bilhões de reais e um lucro recorrente de 1,19 bilhão de reais, alta de 17,7% na mesma base de comparação.
Os números são bons, mas os desafios da companhia continuam crescendo. “É provável que a concorrência permaneça forte, prejudicando o rendimento das transações (particularmente sob a forma de menores receitas de aluguel na medida em que os competidores começam a oferecer melhores condições aos comerciantes) e volumes”, afirmam os analistas do banco Goldman Sachs.
A competição aumentou com a abertura de capital (IPO) da PagSeguro, que colocou dinheiro em caixa para financiar sua expansão.
O IPO da companhia foi o maior já realizado por uma empresa brasileira nos Estados Unidos e mostra o potencial de crescimento com um modelo de negócios diferente: as maquininhas são vendidas, em vez de alugadas, sobretudo para pequenos varejistas e empreendedores individuais.
Para não deixar a concorrência levar a melhor, a Cielo anunciou, no dia 18 de janeiro, a compra de 100% da fabricante de máquinas Stelo.
O objetivo é começar a vender maquininhas de cartão, em modelo semelhante ao da PagSeguro. Outra empresa que tem crescido no setor, a Stone, também prepara um IPO para o segundo semestre do ano. A Cielo já entendeu que não pode ficar parada.