"Nunca foi tão seguro e barato viajar para Dubai", diz presidente de aérea
Com seguro viagem e teste para coronavírus de graça, a maior companhia aérea dos Emirados Árabes quer atrair turistas brasileiros
Karin Salomão
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 13h15.
Dubai, capital de um dos emirados dos Emirados Árabes Unidos, é o maior hub da maior companhia aérea do país, a Emirates . Agora, a aérea trabalha para que a cidade também seja vista como um destino turístico atraente para os viajantes brasileiros. Hotéis, atrações e restaurantes estão mais acessíveis e com intensos protocolos de segurança, segundo o diretor geral para o Brasil da aérea, Stephane Perard. "Nunca foi tão seguro e barato viajar para Dubai", afirma.
A cidade recebia, antes da pandemia, cerca de 15 milhões de turistas por ano. Hoje esse número está muito reduzido, o que pode ser um atrativo para os turistas que buscam mais segurança. "É uma cidade que pode ser muito bem aproveitada pelos turistas, mesmo com as regras de distanciamento e uso de máscara", diz o executivo.
Grande parte dos turistas brasileiros passam por Dubai em uma conexão para outros destinos, como China, Tailândia e Maldivas - países hoje fechados para viajantes brasileiros. A China também era importante destino de negócio para os passageiros da Emirates e as viagens corporativas devem ser as últimas a retomar a frequência anterior à pandemia. Por isso para a Emirates é essencial desenvolver Dubai como destino final para as férias.
Os aviões da Emirates foram equipados com um filtro que elimina vírus e é necessário fazer um teste para a covid-19 para poder entrar no país. Para facilitar ainda mais as viagens ao Oriente Médio, a Emirates começou a oferecer o teste PCR de graça para os viajantes brasileiros - é o primeiro país a receber essa ação. "É uma ação importante para desmistificar o receio que o contexto em que estamos pode criar", diz Perard. "Queremos incentivar o brasileiro a arriscar um pouco mais e comprar um pacote para a Páscoa de 2021, por exemplo."
A aérea também passou a oferecer, globalmente, um seguro viagem e vai pagar todo o tratamento caso algum de seus viajantes contraia a covid-19. A empresa pode desembolsar até 150 mil euros (cerca de 900 mil reais) para cobrir todos os gastos médicos do passageiro. Se o viajante precisar ser colocado em quarentena em seu destino por causa da doença, a companhia pagará até 100 euros (600 reais) por dia. Há, ainda, um valor de 1.500 euros (9.000 reais) para o funeral, caso seja necessário.
Malha reduzida
A empresa, que deixou de voar para o Brasil em março com o fechamento das fronteiras dos Emirados Árabes, retomou dois voos por semana em agosto. Depois de um período de testes, aumentou a frequência para três voos por semana. A frequência é importante porque o país é um dos principais hubs de conexão da aérea na América Latina.
A malha ainda é muito menor do que no período anterior ao covid-19, mas é adequada para a demanda, acredita o presidente. Antes da pandemia, a Emirates voava com o maior avião de passageiros do mundo para o Brasil, o A380. Há 115 aeronaves desse modelo na frota da companhia aérea, alguns com suítes privativas e chuveiros para a primeira classe. Por enquanto os voos para a região estão sendo feitos com aeronaves Boeing 777 - são 155 aeronaves desse modelo na frota da companhia. De acordo com o executivo, a volta da maior aeronave do mundo para o Brasil depende da demanda.
Durante a pandemia, seu principal negócio foi a SkyCargo, subsidiária de transporte de cargas. Nos meses de maio e junho, a Emirates SkyCargo operou em média mais de 3.800 voos por mês, com a aeronave voando para mais de 100 destinos. Além das 110 aeronaves dedicadas para esse fim, a empresa removeu os assentos da divisão econômica de 10 aviões para o transporte de cargas leves.