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PwC enfatiza dúvida sobre continuidade da Samarco

Auditora do balanço da Samarco, a PricewaterhouseCoopers disse que existe "uma dúvida substancial" quanto à possibilidade de a companhia continuar a operar


	Samarco: mineradora vem trabalhando para retomar as atividades
 (Ricardo Moraes/REUTERS)

Samarco: mineradora vem trabalhando para retomar as atividades (Ricardo Moraes/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 19h25.

Rio - Auditora do balanço da Samarco Mineração, a PricewaterhouseCoopers (PwC) afirma que existe "uma dúvida substancial" quanto à possibilidade de a companhia continuar a operar.

A mineradora vem trabalhando para retomar as atividades, suspensas após o acidente, mas ainda é incerto se e quando isso poderá ocorrer.

A análise está nas ênfases do relatório sobre as demonstrações financeiras de 2015, divulgado na quarta-feira, 27. No relatório em que aprova o balanço, a PwC aponta alguns focos de preocupação. Protagonista da maior tragédia ambiental do País a Samarco registrou prejuízo de R$ 5,8 bilhões em 2015, afetada por provisões de R$ 9,8 bilhões para a reparação de danos, o pagamento de multas e exigências feitas pelo governo frente ao rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Mariana, em Minas Gerais, em novembro passado.

Os auditores destacam que como as investigações e processos judiciais sobre o acidente estão em estágio inicial os valores a serem desembolsados no fim das contas podem ser diferentes dos já estimados.

A auditoria diz ainda que, devido aos impactos do rompimento da barragem sobre o balanço, a administração da companhia avalia que não conseguirá atender alguns indicadores financeiros exigidos por credores, disparando os chamados "covenants" (gatilhos para antecipação de vencimento de dívida). Para evitar isso a empresa está renegociando empréstimos e financiamentos junto a seus principais credores. Ao fim do ano passado a dívida líquida da Samarco somava R$ 3,4 bilhões.

Caso a Samarco não consiga honrar os compromissos financeiros firmados com a União e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, suas controladoras Vale (50%) e BHP (50%) terão que fazer aportes. Nos primeiros três anos do acordo a Samarco repassará R$ 4,4 bilhões para a fundação criada para executar a recuperação da região afetada.

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