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No Facebook, bons números em meio à tempestade

ÀS SETE - Analistas aguardam para saber qual é o futuro da companhia em meio a polêmicas sobre sua função na sociedade

Facebook: companhia divulga hoje seu relatório sobre o último trimestre fiscal de 2017 (Thomas Hodel/Reuters)

Facebook: companhia divulga hoje seu relatório sobre o último trimestre fiscal de 2017 (Thomas Hodel/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 06h55.

Última atualização em 31 de janeiro de 2018 às 09h55.

A rede social Facebook divulga hoje seu relatório sobre o último trimestre fiscal de 2017 e analistas querem saber qual é o futuro da companhia em meio ao maior escrutínio sobre sua função na sociedade.

Recentemente, o Facebook foi acusado de ajudar a espalhar as chamadas “fake news” que definiram o cenário político americano — algo que a empresa de Mark Zuckerberg afirmou que tomaria atitudes para mudar— e até foi chamada de “ameaça à sociedade” pelo investidor e filantropo George Soros.

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A empresa vem de um ano problemático, com reclamações em relação a posicionamento político em propagandas, suspeitas de venda de espaço para propaganda russa e interferência nas eleições.

Até a recente mudança no funcionamento do algoritmo da plataforma de rede social, que agora deve focar mais em posts pessoais do que em páginas e empresas, teve impacto na visão de analistas, que afirmam que a mudança pode prejudicar os dados de uso da plataforma.

“A companhia muda o foco do comercial para o bem-estar social e podemos ver isso com as mudanças do feed de notícias e nas perspectivas de longo-prazo, à medida que o Facebook está sob escrutínio de políticos, reguladores e da sociedade”, escreveu Lloyd Walmsley, analista do Deutsche.

Apesar dos pesares, o Facebook deve anunciar um faturamento de 12,6 bilhões de dólares quando o resultado for anunciado nesta quarta-feira, uma alta de 43,3% em relação ao mesmo trimestre de 2016, quando a empresa faturou 8,8 bilhões de dólares. Os lucros devem subir 39%.

Como o feed de notícias é responsável por cerca de 85% do faturamento da empresa, alguns analistas estão preocupados sobre o impacto que mudanças mais drásticas podem trazer para o Facebook.

A preocupação é ainda maior quando há pressão de reguladores e políticos sobre a empresa. “Investidores não deveriam ignorar esse tipo de ruído”, escreveu o analista da empresa de pesquisa de mercado Pivotal Research, Brian Wieser.

“Há outros riscos no mercado, como movimento regulatórios, crescimento desacelerado diante da saturação do mercado e custos cada vez mais altos associados ao investimento em conteúdo”. O resultado fiscal pode até ser motivo de festa no Facebook, mas há ainda muitas preocupações no horizonte.

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