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Icahn desiste de assumir o controle da Time Warner

Investidor, líder de um grupo com 6% do capital da companhia, não irá mais pleitear todos os assentos do conselho de administração

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 20h16.

Carl Icahn, que lidera um grupo de acionistas dissidentes que desejam mudanças profundas na Time Warner, mudou de estratégia e desistiu de lutar pelo controle da companhia. Durante uma reunião com representantes da empresa, Icahn informou que não irá mais pleitear todos os 14 assentos do conselho de administração da Time Warner, na assembléia geral de acionistas que ocorrerá em maio, e irá se contentar em apresentar candidatos apenas para cinco lugares.

Os partidários de Icahn detêm cerca de 6% das ações da companhia e reivindicam mudanças radicais, como a divisão dos negócios da empresa em quatro áreas e a venda de alguns negócios. De acordo com o americano The Wall Street Journal, o grupo não desistiu de brigar por suas idéias, mas o recuo de Icahn indica uma mudança estratégica, diante das dificuldades enfrentadas nas últimas semanas.

Desde que iniciou sua cruzada, em agosto do ano passado, Icahn não conseguiu força suficiente para impor seu plano de reestruturação à Time Warner. Recentemente, outros grandes acionistas lhe informaram que, embora concordem que a companhia precisa de mudanças para aumentar seu valor de mercado, não estão certos de que o plano proposto por Icahn seja o mais adequado.

Uma das apostas de Icahn era convencer os demais acionistas de que o projeto seria bem-sucedido, porque ficaria sob a responsabilidade de executivos de renome no mercado. Mesmo essa manobra apresentou problemas. Os nomes propostos pelo investidor encontraram resistências.

Todas essas manobras ainda precisam ser aprovadas pela assembléia geral de acionistas. Será nesse encontro que os indicados por Icahn poderão - ou não - ser eleitos. Seu grupo avalia que é cada vez mais difícil lutar pelo controle da companhia, mas emplacar cinco representantes no conselho já seria um forte sinal de que os investidores desejam mudanças. A nova estratégia ainda garantirá uma boa influência de Icahn sobre a companhia, segundo o Wall Street, se dirigir com habilidade seus conselheiros.

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