Musk ultrapassa Gates e agora é o segundo mais rico do mundo
Musk ficou US$ 100,3 bilhões mais rico neste ano, o maior aumento do patrimônio líquido no Índice de Bilionários da Bloomberg
Karin Salomão
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 08h43.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 12h38.
Em um ano marcado por uma ascensão meteórica, Elon Musk , cofundador da Tesla, ultrapassou Bill Gates para se tornar a segunda pessoa mais rica do mundo.
O patrimônio líquido do empresário de 49 anos aumentou US$ 7,2 bilhões, para US$ 127,9 bilhões, impulsionado por outrosaltodo preço das ações da Tesla. Musk ficou US$ 100,3 bilhões mais rico neste ano, o maior aumento do patrimônio líquido no Índice de Bilionários da Bloomberg, um ranking com as 500 pessoas mais ricas do mundo. Em janeiro, Musk estava em 35º lugar.
O aumento da fortuna de Musk tem sido, em grande parte, puxado pela Tesla, cujo valor de mercado se aproxima de US$ 500 bilhões. Cerca de 75% de seu patrimônio líquido é composto por ações da montadora, cujo valor é quatro vezes maior do que sua participação na Space Exploration Technologies, ou SpaceX.
É apenas a segunda vez na história de oito anos do índice que o cofundador da Microsoft perde o segundo lugar. Gates ocupou o primeiro lugar por anos antes de ser ultrapassado em 2017 pelo fundador da Amazon.com, Jeff Bezos. O patrimônio líquido de Gates, de US$ 127,7 bilhões, seria muito maior se ele não tivesse feito doações tão generosas para instituições de caridade ao longo dos anos. Gates doou mais de US$ 27 bilhões para sua fundação homônima desde 2006.
Com o marco conquistado na segunda-feira, Musk ocupa o lugar daquele com quem troca farpas ocasionalmente. O bilionário da Tesla já ridicularizou Gates noTwitterpor, entre outras coisas, não ter “nenhuma ideia” sobre caminhões elétricos. Os dois também se alfinetaram sobre a Covid-19. Gates, cuja fundação é uma das principais entidades de apoio à pesquisa de vacinas,mostroupreocupação com a suspeita declarada de Musk sobre dados da pandemia e adoção de certas teorias da conspiração.
O ano tem sido lucrativo para as pessoas mais ricas do mundo. Apesar da pandemia e demissões que afetaram desproporcionalmente a classe trabalhadora e os pobres globalmente, os que fazem parte do índice da Bloomberg aumentaram suas fortunas em 23% coletivamente - ou US$ 1,3 trilhão - desde o início do ano.
--Com a colaboração deJack Witzig.