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MRV tem alta de 12% nas vendas do 3º trimestre

A companhia, maior no setor de imóveis econômicos do Brasil, elevou lançamentos no período em 72,2%, para R$ 1,41 bilhão

MRV: no terceiro trimestre, o preço médio por apartamento vendido da MRV foi de 147 mil reais (Germano Lüders/Exame)

MRV: no terceiro trimestre, o preço médio por apartamento vendido da MRV foi de 147 mil reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 21h16.

São Paulo - A construtora MRV Engenharia teve alta de 12,3 por cento em vendas contratadas de imóveis residenciais no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, para 1,55 bilhão de reais.

A companhia, maior no setor de imóveis econômicos do Brasil, elevou lançamentos no período em 72,2 por cento, para 1,41 bilhão de reais. Já os cancelamentos de vendas recuaram 16 por cento, para 265 milhões de reais.

Segundo o co-presidente da MRV Eduardo Fischer de Souza, a demanda por imóveis voltados às faixas de renda mais baixa da população segue forte e em 2018 a empresa poderá corrigirpreços acima da inflação.

"Quarto trimestre está vindo bem. Estou animado com o que pode acontecer em 2018, vejo possibilidade de uma correção até um pouco maior que a inflação em 2018", disse Souza à Reuters.

No terceiro trimestre, o preço médio por apartamento vendido da MRV foi de 147 mil reais, menor nível desde os 146 mil registrados no terceiro trimestre de 2014. Na comparação, o valor médio dos imóveis da companhia recuou três por cento na comparação anual e trimestral.

Souza afirmou que a queda deve-se a questões de um conjunto de lançamentos maior em cidades com preços médios de imóveis menores e não a uma eventual estratégia de redução de preços.

Segundo ele, os valores dos apartamentos da companhia têm seguido o comportamento da inflação. A MRV tem operações em 148 cidades do país.

Além do mix de lançamentos, Souza afirmou que a faixa 1,5 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que tem valores de imóveis menor que o faixa 2 operado pela MRV, ganhou importância no conjunto de vendas.

A construtora assinou com a Caixa Econômica Federal a primeira contratação da faixa 1,5 em outubro do ano passado.

O executivo afirmou que a MRV pretende "lançar ainda mais" nos próximos meses, aproveitando um banco de terrenos que alcançou valor equivalente a 44 bilhões de reais no fim de setembro, uma alta de 11,6 por cento sobre o final de setembro de 2016. "Tem espaço para se lançar mais", disse Souza.

Ele acrescentou que a MRV investiu no ano até setembro cerca de 250 milhões de reais no banco de terrenos ante um total previsto para 2017 de 450 milhões de reais. A expectativa para 2018 também é de 450 milhões de reais, disse Souza.

"O desemprego esta ainda elevado; não estamos no paraíso, mas parou de piorar e começou a melhorar. Para mim, é o sentido da curva que vale", afirmou o executivo ao ser questionado sobre o momento econômico do país.

"A procura (por imóveis) está muito intensa. As pessoas estão retomando a confiança", acrescentou.

Sobre a perda de participação da Caixa no conjunto de financiamentos imobiliários, o executivo afirmou que a "Caixa obviamente tem vivido desafios, mas tem operado" e ressaltou que no terceiro trimestre a empresa teve o maior montante de repasses de financiamentos do banco dos últimos três anos, envolvendo 9.714 apartamentos.

Atualmente 98 por cento dos negócios da MRV envolvem o Minha Casa Minha Vida, programa que é operado por Caixa e Banco do Brasil, disse Souza.

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