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Morre o dono da Samsung e homem mais rico da Coreia do Sul

Lee Kun-hee, de 78 anos, foi o responsável por transformar a Samsung, fundada por seu pai, em uma das maiores empresas de tecnologia do mundo

Lee Kun-Hee: o presidente do conselho da Samsung teve um ataque cardíaco em 2014 e estava afastado da empresa desde então (Jung Yeon-Je/AFP/AFP)

Lee Kun-Hee: o presidente do conselho da Samsung teve um ataque cardíaco em 2014 e estava afastado da empresa desde então (Jung Yeon-Je/AFP/AFP)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 08h32.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 09h38.

O presidente do conselho da Samsung e da família dona da empresa, Lee Kun-hee, morreu na madrugada deste domingo, 25, aos 78 anos.

Lee foi a segunda geração da família à frente da Samsung. Ele era o terceiro filho do fundador da empresa, seu pai Lee Byung-chul, que fundou a Samsung há 80 anos na Coreia do Sul.

O empresário estava em coma em Seul, capital da Coreia do Sul e já vinha tendo problemas de saúde desde 2014, quando sofreu um ataque cardíaco e se retirou da vida pública.

Foi Lee Kun-hee o responsável por transformar a empresa -- então mera fabricante de televisores e eletroeletrônicos baratos -- em uma das maiores fabricantes de artefatos de tecnologia do mundo. Atualmente, a Samsung é a líder global em smartphones, à frente de rivais como a americana Apple e a chinesa Huawei, e também se destaca em outras frentes de produção de alta tecnologia.

Lee Kun-hee liderou a Samsung de 1987 a 2008, e depois de 2010 a 2014, quando se retirou. Mesmo no hospital e em coma, foi oficialmente mantido no cargo de presidente do conselho.

(EXAME Research/Exame)

Por seus avanços à frente da Samsung, Lee Kun-hee se tornou o homem mais rico da Coreia do Sul. Seu patrimônio é de cerca de quase 21 bilhões de dólares, segundo a Forbes. Ele esteve por seguidas vezes em listas dos empresários mais importantes e influentes do mundo, enquanto a Samsung já chegou a responder por quase um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul.

Embora tenha capital aberto e faça um revezamento de CEOs -- atualmente, são três CEOs, os presidentes-executivos --, é a família fundadora, a cargo do conselho, quem de fato tem grande controle sobre a Samsung. A Samsung Eletronics, frente mais valiosa da empresa, vale mais de 350 bilhões de dólares na bolsa sul-coreana.

Com a morte de Lee Kun-hee, surgirão as conversas sobre a sucessão na Samsung. Seu filho único, Lee Jae-yong (conhecido como Jay Y. Lee), vem liderando a Samsung nos últimos anos, desde a doença do pai, com o cargo de vice-presidente do conselho.

Mas o herdeiro da Samsung chegou a ser preso por quase um ano na Coreia do Sul em um caso de corrupção que derrubou até mesmo a então presidente do país, Park Geun-hye.

Seu pai também foi condenado duas vezes, em 1996 e 2008, por corrupção e evasão de divisas, mas foi perdoado pelas autoridades da Coreia do Sul -- um dos motivos foi seu papel no Comitê Olímpico Internacional para trazer para o país as Olimpíadas de Inverno de 2018, que aconteceram em Pyeongchang.

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