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Moody's eleva ratings da Petrobras para Ba3 e perspectiva estável

Decisão se dá por melhoria de liquidez, desalavancagem, disciplina administrativa e fortalecimento da governança corporativa

Petrobras: apesar da melhora, o rating da Petrobras ainda continua sendo grau especulativo (Michael Nagle/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 12h38.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 13h50.

Rio de Janeiro - A agência de classificação de risco Moody's elevou a nota de crédito da Petrobras para Ba3, ante B1, e mudou a perspectiva de positiva para estável, segundo comunicado publicado nesta terça-feira.

A atualização, segundo a agência, reflete a melhoria da liquidez da Petrobras, a redução da alavancagem da dívida, a sólida disciplina de gestão e o fortalecimento da governança corporativa.

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Apesar da melhora, o rating da Petrobras ainda continua sendo grau especulativo --o que significa que a companhia potencialmente enfrenta condições mais difíceis para fazer captações de títulos.

No comunicado, a Moody's destacou que a elevação de perfil de crédito da empresa está especificamente relacionada a um perfil de dívida mais confortável, resultado do refinanciamento da dívida e de uma "sólida" geração de caixa.

A agência ressaltou que, até o momento neste ano, a Petrobras captou nos mercados de capitais 19,2 bilhões de dólares em títulos, principalmente globais, em recursos que foram utilizados para refinanciar os vencimentos da dívida.

Além disso, a Moody's considerou que o fluxo de caixa da Petrobras se tornou mais previsível como resultado de preços relativamente estáveis ​​do petróleo, uma política clara de preço do combustível doméstico desde o fim de 2016, redução dos custos operacionais e investimentos de capital disciplinados.

Apesar de ponderar que as prometidas vendas de ativos pela estatal caíram de ritmo em 2017, a Moody's destacou que os desinvestimentos são menos relevantes agora para a posição de liquidez da Petrobras do que há 12 meses, devido aos resultados positivos alcançados na dívida e no fluxo de caixa.

No entanto, segundo a agência, as classificações da Petrobras são limitadas por altos níveis de dívida, risco de execução do plano de negócios e, em menor medida, potencial impacto negativo de multas relacionadas à Lava Jato.

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