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MMX nega irregularidades em licitação e diz que vai colaborar com a PF

Mineradora de Eike Batista é suspeita de manipular concessão de ferrovia no Amapá

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A MMX, mineradora fundada pelo empresário Eike Batista, admitiu em nota à imprensa que a Polícia Federal esteve, na manhã desta sexta-feira (11/7), em seus escritórios no Amapá e Rio de Janeiro. Os agentes federais cumpriam mandados de busca e apreensão de documentos na Operação Toque de Midas, que investiga suposta manipulação da concessão de ferrovia no Amapá em favor de uma subsidiária da empresa, a MMX Amapá. No comunicado, a MMX Amapá "nega que tenha cometido qualquer tipo de irregularidade ou ilícito nas ações ligadas à licitação".

A mineradora também rechaçou as suspeitas de desvio de ouro lavrado em jazidas no interior do Amapá. "A empresa declara que não realiza quaisquer atividades de mineração de ouro no Amapá ou em qualquer outra região do país", diz a nota.

A Estrada de Ferro do Amapá, operada pela companhia, foi licitada pelo governo estadual e liga o município de Serra do Navio ao Porto de Santana, às margens do rio Amazonas. A via é responsável por transportar a produção mineral do interior.

A Polícia Federal acusa a MMX de ter manipulado a licitação, a fim de obter a concessão da ferrovia. Em nota à imprensa, a PF informa que "foram encontrados indícios de direcionamento da licitação para que as empresas de um mesmo grupo vencessem o certame". Segundo os policiais, para fraudar o leilão, o esquema "se daria com o ajuste prévio de cláusulas favoráveis às empresas deste grupo, principalmente as referentes à habilitação dos participantes no procedimento licitatório, afastando, dessa forma, demais interessados".

A MMX afirmou, em seu comunicado, que se colocou à disposição das autoridades para "cooperar de todas as formas possíveis com o processo investigatório". A empresa também protocolou, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, um pedido para ter amplo acesso às investigações da PF.

A notícia derrubou os papéis de empresas do grupo EBX, holding de Eike Batista, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por volta das 14 horas, os papéis ordinários da MMX caíam 12%, e as ON da OGX recuavam 16%. Para acalmar os investidores, a nota da MMX também afirma que a mineradora "usará todos os instrumentos possíveis em defesa do patrimônio da empresa e do interesse dos seus acionistas".

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