MMX mantém conversas sobre venda de ativos
Companhia informou que mantém entendimentos com diferentes empresas, mas não concretizou a venda de ativos
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - A MMX informou hoje (4/8) ao mercado que mantém entendimentos com diversas empresas e instituições financeiras, mas que até o momento não concretizou nenhuma negociação relacionada à venda de ativos de extração de minério de ferro.
"A companhia informa a seus acionistas e ao mercado em geral que permanece atenta ao movimento de consolidação pelo qual passa o seu setor de atuação e que acredita que tal movimento pode vir a gerar importantes oportunidades de negócios para a companhia", informou a MMX em comunicado à BM&F Bovespa.
De saída
A empresa de Eike Batista teve que enviar explicações ao mercado após solicitação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por causa de notícia veiculada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A reportagem indicava que o empresário estaria interessado em vender sua participação na MMX. Entre os possíveis compradores, estariam a indiana Arcelor Mittal e a americana Cliff Natural Resources. De acordo com o texto, Eike já teria entregue até o mandato de venda a um banco de investimentos estrangeiro, que estaria com permissão para vasculhar os dados sigilosos da MMX.
A reportagem também citava a possível venda do Porto Sudeste, da LLX. Essa empresa também teve que prestar esclarecimentos ao mercado e informou hoje que se "mantém atenta às oportunidades", mas que até o presente momento nenhuma dessas oportunidades se concretizou.
Vendedor
A eventual venda das atividades de mineração seria uma forma de Eike aprofundar seus investimentos na área de petróleo, segundo o mercado. O Grupo EBX, fundado pelo empresário, controla a petroleira OGX e a OSX, especializada em prestação de serviços para o setor.
Esta não seria a primeira vez em que Eike se desfaz de ativos de mineração. A própria MMX já foi alvo de negócios do homem mais rico do Brasil. Fundada em 2005, a MMX teve parte dos ativos vendida para a Anglo American em 2007. Tratava-se do projeto Minas-Rio, da qual a mineradora assumiu 49,9%. Em 2008, a Anglo comprou o restante do projeto, além das operações da MMX no Amapá.
No ano passado, Eike negociou uma outra fatia de sua mineradora. Desta vez, foi a siderúrgica chinesa Wuhan Steel quem ficou com 21,5% da companhia. Além disso, a MMX assinou um contrato de fornecimento de minério de ferro para os chineses com prazo de 20 anos. O problema, agora, é que a maior parte das minas da MMX é arrendada, e o contrato de arrendamento termina em 2021.