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Michelin vai encerrar atividades na Rússia no final de 2022

Mesmo com o país representando 2% das vendas, o grupo garante que a medida não afetará seus objetivos financeiros

Boneco da Michelin fotografado durante cerimônia de seleção do Guia Michelin Dubai.

 (AFP/AFP)

Boneco da Michelin fotografado durante cerimônia de seleção do Guia Michelin Dubai. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 28 de junho de 2022 às 11h03.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 11h22.

A fabricante francesa de pneus Michelin anunciou nesta terça-feira, 28, a transferência de suas atividades na Rússia "até o final de 2022". Mesmo com o país representando 2% das vendas, o grupo garante que a medida não afetará seus objetivos financeiros.

"Depois de suspender as atividades industriais na Rússia dia 15 de março, Michelin constata agora a impossibilidade técnica de sua retomada", declarou a companhia, que conta com cerca de mil trabalhadores russos, através de um comunicado.

Fábrica da Michelin na Rússia

Cerca de 750 empregados trabalhavam na fábrica de Davydovo, perto de Moscou. Essa fábrica foi inaugurada em 2004 e produzia entre 1,5 e 2 milhões de pneus por ano, principalmente para veículos do mercado local.

O grupo planeja transferir o controle de suas operações terciárias e industrias para a administração local, que "operaria através de uma estrutura independente da Michelin".

A empresa destacou "dificuldades de abastecimento em um contexto duradouro de incerteza geral", enquanto a guerra na Ucrânia continua e as sanções internacionais contra a Rússia se agravam.

O grupo realiza 2% de suas vendas globais e 1% de sua produção mundial de pneus para carros de passeio na Rússia.

Sanções internacionais

Por conta das sanções internacionais contra a Rússia, muitas companhias suspenderam ou cessaram suas atividades no país, principalmente no setor automobilístico.

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