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Meta da Celesc é renovar concessão, que vence em 2015

Para isso, companhia está executando um amplo plano para reduzir os custos e atender exigências da Aneel


	Linhas de transmissão de energia: companhia tem apostado nos investimentos em automação para diminuir o quadro de funcionários
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Linhas de transmissão de energia: companhia tem apostado nos investimentos em automação para diminuir o quadro de funcionários (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h13.

Rio - O diretor-presidente da Celesc, Cleverson Siewert, disse que o principal objetivo da estatal é garantir a renovação de sua concessão de distribuição, que expira em julho de 2015. A partir do diagnóstico de que o grande risco para a empresa hoje é o descumprimento dos requisitos econômico-financeiros exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a companhia está executando um amplo plano para reduzir os custos. "Ou fazíamos isso ou teríamos problema na hora da renovação", comentou o executivo nesta quarta-feira, 11, em evento promovido pela Apimec-RJ.

"Em termos de material, serviços e outros, estamos dentro das metas. Estamos acima no que diz respeito aos gastos com pessoal", afirmou. Para resolver o problema, a companhia promoveu um plano de demissão voluntária (PDV) no fim de 2012, que teve a adesão de 753 empregados.

Ao custo de R$ 290,4 milhões, o PDV permitiu, até o momento, reduzir o número de empregados da Celesc de 3,632 mil, em novembro de 2012, para 3,124 mil, em junho deste ano. Quando estiver concluído, a força de trabalho da empresa ficará em torno de 2,9 mil funcionários. "Em 2015, devemos capturar um ganho de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões com o PDV", afirmou.

Além do PDV, a Celesc tem apostado nos investimentos em automação para diminuir o quadro de funcionários. Até o fim do ano, a companhia terminará um projeto de telemedição e automação nos 13 mil clientes de alta tensão, que representam 45% do faturamento. Com esse sistema operando, Siewert previu que a companhia poderá reduzir em 70% a mão de obra, que é utilizada para executar tais serviços para esses consumidores.

Adicionalmente, a companhia investirá R$ 97 milhões até 2017 para instalar 3 mil religadores na rede de distribuição. "Isso irá reduzir em 30% os indicadores de duração (DEC) e frequência (FEC) das interrupções de energia, além de diminuir em torno de 15% a 20% o pessoal necessário para executar esse processo", afirmou. A meta da Celesc é chegar o ano de 2017 com um quadro de funcionários de 2,7 mil pessoas. "Deixam a empresa, todo ano, entre 70 e 80 empregados. Ou seja, essa não é uma meta difícil de atingir", argumentou o executivo.

A companhia tem adotado outras medidas para reduzir os seus custos. Uma delas é equiparar a relação investimento sobre a taxa de depreciação aos seus pares do setor. No passado recente, a relação girava em torno de 3 vezes, enquanto a média do setor era de 1,5 vez. Para se aproximar do parâmetro, a companhia decidiu otimizar os investimentos.

Embora tenha reduzido os valores aportados, Siewert afirmou que a empresa tem atuado de forma mais eficiente. Com isso, a Celesc fechou o segundo trimestre de 2013 com uma relação capex sobre depreciação de 2 vezes, com a previsão de fechar o ano em 1,8 vez. "Mesmo com essa estratégia, estamos com os nossos indicadores de qualidade dentro da meta da Aneel."

O diretor-presidente da Celesc relatou que a companhia tem contado com o suporte da Roland Berger, consultoria com ampla atuação no setor elétrico brasileiro, para a execução dessa estratégia. "A Roland Berger nos auxiliou na elaboração do plano diretor, do plano regulatório e, agora, no plano de eficiência."

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