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Mercedes investe para nacionalizar veículo extrapesado

Actros está em produção em Juiz de Fora (MG) desde 2012 e tinha apenas 20% a 30% de suas peças fabricadas localmente

Mercedes Actros: nacionalização do Actros é resultado da experiência e know-how de engenheiros brasileiros, bem como de investimentos em desenvolvimento tecnológico (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

Mercedes Actros: nacionalização do Actros é resultado da experiência e know-how de engenheiros brasileiros, bem como de investimentos em desenvolvimento tecnológico (Guenter Schiffmann/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 07h38.

São Paulo - A Mercedes-Benz do Brasil está investindo R$ 300 milhões em um programa de nacionalização do Actros. O caminhão do segmento de extrapesado (para grandes cargas) está em produção em Juiz de Fora (MG) desde 2012 e tinha apenas 20% a 30% de suas peças fabricadas localmente. Com o programa, esse índice chegará aos 40% neste ano e atingirá mais de 60% em 2015. Entre os itens a serem nacionalizados está o motor, que passará a ser fabricado na fábrica de São Bernardo (SP).

“A nacionalização do Actros é resultado da experiência e know-how de engenheiros brasileiros, bem como de investimentos em desenvolvimento tecnológico”, diz o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer.

Ao atingir maior índice de componentes locais, os caminhões da linha Actros terão maior acesso ao Finame, linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que oferece taxas de juros inferiores às de mercado.

A fábrica mineira produziu 13 mil caminhões em 2013, dos quais 1 mil da linha Actros, cujos modelos custam entre R$ 380 mil e R$ 450 mil. Eles são usados principalmente no transporte de grãos e em obras de infraestrutura.

“Sem o Finame não tínhamos como competir no segmento de extrapesados, o que mais cresceu no ano passado, mas agora vamos atuar em igualdade de condições”, diz Schiemer. A produção do modelo deve dobrar.

Para o mercado total de caminhões, o executivo projeta números próximos aos do ano passado, de cerca de 150 mil unidades. Um dos segmentos em que ele aposta é o de transporte de bebidas. “Os turistas que virão ao Brasil (parte para a Copa) não vão beber só água, mas cerveja também”, brinca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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