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Malaysia Airlines admite "falência técnica" e demitirá 6.000

A empresa malaia espera que Mueller, de 52 anos, "reinvente" a companhia a partir de setembro


	Avião da Malaysia Airlines no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur: catástrofes foram o estopim para que a empresa entrasse no vermelho
 (Charles Pertwee/Bloomberg)

Avião da Malaysia Airlines no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur: catástrofes foram o estopim para que a empresa entrasse no vermelho (Charles Pertwee/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 10h14.

A Malaysia Airlines está "tecnicamente em falência", afirmou o novo presidente da companhia aérea, que anunciou o corte de 6.000 postos de trabalho na empresa, afetada por duas tragédias no ano passado.

"Tecnicamente, estamos falidos e a queda dos resultados começou muito antes dos trágicos acontecimentos de 2014", disse o alemão Christoph Mueller.

A Malaysia Airlines enviou nesta segunda-feira uma carta de demissão aos quase 20.000 funcionários e 14.000 ofereceu um novo contrato, o que significa a demissão de 6.000.

Mueller já havia utilizado o método extremo na irlandesa Aer Lingus e na belga Sabena, o que lhe rendeu o apelido de "The Terminator" (referência ao filme Exterminador do Futuro) por seus cortes.

A empresa malaia espera que Mueller, de 52 anos, "reinvente" a companhia a partir de setembro, com uma nova imagem para a marca, que permita deixar para trás o estigma do ano de 2014.

Em março do ano passado, o voo MH370 desapareceu com 239 pessoas a bordo e nenhum vestígio do avião foi encontrado. Quatro meses depois, o voo MH17 explodiu, supostamente atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia. As 298 pessoas que estavam a bordo morreram na tragédia.

As duas catástrofes foram o estopim para que a empresa, que, segundo analistas, tinha uma administração ruim, entrasse no vermelho.

Um fundo de investimento público a resgatou no ano passado, com novas regras de gestão.

Mueller afirmou que espera conter a "hemorragia" em 2015 e estabilizar a empresa em 2016, antes de retomar o crescimento no ano seguinte.

O executivo anunciou em um e-mail enviado aos funcionários nesta segunda-feira que é necessária uma grande mudança de rumo porque a companhia não pode permitir-se ter custos 20% superiores aos da concorrência.

Além das demissões, Mueller deve suprimir rotas de longa distância pouco rentáveis, mas o executivo afirmou que os planos não serão divulgados agora para não dar pistas aos concorrentes.

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