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Lucro da Petrobras sobe 25 vezes em um ano e chega a R$ 6,644 bi no 3º tri

Apesar de ter dado salto na comparação anual, resultado ficou 37,26% abaixo das expectativas de analistas

Imagem de arquivo: O lucro líquido da empresa foi divulgado nesta terça-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

Imagem de arquivo: O lucro líquido da empresa foi divulgado nesta terça-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 08h32.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 14h58.

São Paulo - A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 6,644 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 2.397% (25 vezes) ante o lucro de R$ 266 milhões no mesmo período de 2017, mas baixa de 34% ante o ganho de R$ 10,072 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.

O lucro líquido registrado pela estatal no terceiro trimestre ficou 37,26% abaixo das expectativas de analistas. As projeções indicaram lucro líquido de R$ 10,590 bilhões, conforme a expectativa de analistas de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast (Santander, Morgan Stanley, Guide, XP e Itaú BBA).

De acordo com a companhia petrolífera, o resultado foi afetado pelos acordos firmados, em setembro, com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) e com a Securities and Exchange Commission (SEC) para encerramento das investigações das autoridades norte-americanas, no valor de R$ 3,5 bilhões. "Excluindo-se esses acordos, bem como os efeitos do acordo da Class Action, o lucro líquido seria de R$ 10,269 bilhões no trimestre e R$ 28,012 bilhões no acumulado do ano", afirma a empresa.

Ainda assim, a Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 23,677 bilhões nos primeiros noves meses de 2018, "o melhor resultado desde 2011" e um crescimento de 371% comparado a igual intervalo do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 29,856 bilhões, alta de 55,3% em relação ao mesmo intervalo de 2017, de R$ 19,223 bilhões, e leve recuo de 1% ante o segundo trimestre deste ano, de R$ 30,067 bilhões. De janeiro a setembro, o Ebitda totalizou R$ 85,691 bilhões, avanço de 35% ante o mesmo período de 2017.

O Ebitda ajustado também ficou abaixo da média das estimativas dos analistas, de R$ 35,761 bilhões, uma variação de 16,5%.

A margem Ebitda ajustada ficou em 30%, ante 27% no terceiro trimestre de 2017 e 36% nos três meses imediatamente anteriores.

A receita líquida somou R$ 98,260 bilhões no período, o que significa um incremento de 36,81% na comparação anual, de R$ 71,822 bilhões, e de 16% na trimestral, de R$ 84,395 bilhões.

No caso da receita líquida, o montante dentro da projeção de R$ 93,757 bilhões esperada. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado reportado pela companhia está em linha com as projeções quando a diferença entre os números é de até 5% para cima ou para baixo.

O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 5,841 bilhões no trimestre encerrado em setembro, 21% menor que a cifra negativa em R$ 7,411 bilhões de igual trimestre de 2017 e acima das despesas financeiras líquidas de R$ 2,647 bilhões no segundo trimestre de 2018.

 

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