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Lucro da Braskem desaba 76% no 2º trimestre

Companhia registrou lucro de R$ 129 milhões com desaceleração na Europa e nos EUA e bloqueio de recursos por conta de incidente ambiental em Alagoas

Braskem: empresa divulgou balanço nesta quarta (7) (Luke Sharrett/Bloomberg)

Braskem: empresa divulgou balanço nesta quarta (7) (Luke Sharrett/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 21h30.

São Paulo - A petroquímica Braskem teve forte queda no lucro do segundo trimestre, mesmo com melhores resultados operacionais no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto enfrenta os efeitos de desaceleração na Europa e no México e bloqueio de recursos devido a um incidente ambiental em Alagoas.

A companhia anunciou nesta quarta-feira que seu lucro de abril a junho somou 129 milhões de reais, queda de 76% ante mesma etapa do ano passado.

A receita líquida até cresceu 3% no comparativo anual, para 13,34 bilhões de reais. Mas o desempenho medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), caiu 49%, para 1,61 bilhão de reais.

No Brasil, a demanda por resinas da companhia foi de 1,3 milhão de toneladas, 1% maior do que um ano antes. Apesar da retração do mercado, a companhia ganhou espaço dos rivais.

Nos Estados Unidos, a demanda pelos produtos principais da empresa também cresceu, mas esse desempenho foi ofuscado no conjunto das operações internacionais com os efeitos da desaceleração econômica no México e na Europa.

A Braskem tem cerca de 3,8 bilhões de reais bloqueados pela Justiça para garantir eventuais indenizações a afetados por um fenômeno geológico numa área de extração de sal-gema em Maceió. Além disso, a empresa concedeu seguro-garantia de 2,7 bilhões de reais para poder pagar dividendos.

A empresa informou que a Bolsa de Nova York agendou para 17 de outubro uma audiência para analisar o recurso contestando a decisão de suspender a negociação com ADRs da Braskem e início do processo de deslistagem devido ao não arquivamento do formulário 20-F de 2017.

A Braskem acrescentou ainda que não foi afetada pelo pedido de recuperação judicial de sua controladora, a Odebrecht.

(Por Aluisio Alves)

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