Máquina agrícola: na América do Sul, a demanda fraca principalmente no Brasil afetou os resultados da companhia (Divulgação/Nilson Konrad)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 12h56.
São Paulo - A AGCO, fabricante de máquinas agrícolas, reportou lucro líquido de US$ 76,5 milhões no quarto trimestre de 2014, queda de 44,11% ante os US$ 136,9 milhões registrados em período equivalente de 2013.
A empresa registrou lucro líquido atribuído à AGCO e às subsidiárias de US$ 77,6 milhões (US$ 0,85 por ação). No trimestre, a empresa obteve receita de US$ 2,485 bilhões, queda anual de 13,1% ante os US$ 2,859 bilhões reportados no último trimestre de 2013.
No ano de 2014, a AGCO obteve lucro líquido de US$ 404,2 milhões, queda de 31,75% ante os US$ 592,3 milhões registrados em 2013. A receita de 2014 somou US$ 9,723 bilhões, queda anual de 9,85%.
Em sua divulgação de resultados, a companhia aponta que conseguiu reduzir os estoques e as despesas.
"Cortando aproximadamente 20% da produção na comparação com o quarto trimestre de 2013, os estoques encerraram o ano abaixo dos níveis do ano anterior. Também ajustamos nossa estrutura de gastos em resposta à menor demanda", afirmou Martin Richenhagen, presidente e chefe-executivo da empresa.
Na América do Sul, a demanda fraca principalmente no Brasil afetou os resultados da companhia, que obteve receita de US$ 414,6 milhões no trimestre, queda de 10,2%. No ano de 2014, a receita obtida na região recuou 18,4%, para US$ 1,663 bilhão.
"As menores vendas na região foram resultado da menor demanda de produtores de açúcar no Brasil e da queda dos preços das commodities", apontou a companhia.
Na América do Norte, a receita registrou queda de 16,5% no trimestre, para US$ 549,2 milhões. No acumulado do ano, as vendas recuaram 12,5%, para US$ 2,414 bilhões.
A AGCO espera que os preços mais baixos das commodities continuem a impactar a receita de agricultores, o que deve afetar a demanda por equipamentos agrícolas em 2015.
Para este ano, a empresa estima receita de US$ 8,1 bilhões a US$ 8,3 bilhões. Já a meta de lucro por ação é de US$ 3,00, excluindo despesas de reestruturação.