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Lego quer vender kits de educação para 10 mil escolas

Braço pedagógico da octogenária marca de brinquedos tem se movimentado para levar seus kits educacionais e de robótica até professores e alunos brasileiros

Peças de Lego: braço pedagógico da marca tem se movimentado para levar seus kits educacionais e de robótica até professores e alunos brasileiros (Palle Peter Skov/ Divulgação / Lego)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 13h32.

São Paulo - Ainda pouco conhecida, a Lego Education, braço pedagógico da octogenária marca de brinquedos , tem se movimentado para levar seus kits educacionais e de robótica até professores e alunos brasileiros.

Acaba de romper o contrato com o parceiro que desenvolvia o mercado local da divisão de educação havia 16 anos.

A empresa agora colocou parte da operação nas mãos da MCassab, da família Cuitait. O próximo passo será anunciar, nos próximos dias, uma parceria com uma empresa de educação para distribuir suas soluções.

A ordem que chegou da Dinamarca, dada pelo diretor de mercados emergentes, Jorgen Skov, é encontrar um novo parceiro com portas abertas em instituições particulares de ensino e, mais ainda, em secretarias de educação de grandes cidades.

Assim, a empresa espera expandir das atuais 3 mil para 10 mil o número de escolas que adotam a solução da Lego como suporte ao conteúdo de aulas de linguagem, física e matemática.

"Nossa meta é chegar a 5% das escolas brasileiras até 2018. Isso dá 10 mil escolas", diz Roberta Baldivia, responsável pela Lego Education no País. "Queremos repetir o tipo de contrato que fechamos com o governo de Recife, para fornecimento em toda a rede municipal de ensino."

Contratada há três anos para desenhar a expansão, a executiva vê no processo de distribuição o principal obstáculo para popularizar os kits montáveis nas escolas.

Em fevereiro, ela recebeu aval para romper com a Zoom Education, criada há 16 anos por Victor Barros depois que o empresário conheceu a Lego Education no exterior.

Na semana passada, parte da operação foi entregue para a MCassab, controlada pelos irmãos Cutait, que distribui os brinquedos da Lego desde 2004.

Nos próximos dias, a Lego - que mantém um escritório e 28 funcionários em São Paulo - também deve anunciar mais uma distribuidora, desta vez um nome com know how no meio pedagógico.

Duas empresas seguem em negociação. "Conhecemos bem a Lego, mas é verdade que (a MCassab) não tem experiência no setor de educação. Vamos começar do zero", reconhece Robério Esteves, diretor da Mcassab.

Por parte da Lego, o discurso de novos distribuidores, na prática, é bem mais do que isso. Os novos parceiros ficarão responsáveis por importar, desenhar um plano de ação, cuidar da venda, da logística e de treinar os professores que utilizarem os mais de 100 kits educativos do catálogo da empresa dentro da sala de aula. "Nossa divisão está em 90 países e o Brasil era o último a ter um parceiro exclusivo", conta Roberta.

Preço

Para além da definição de novos parceiros, outro desafio histórico para ampliar o mercado educacional para a empresa é o preço. Um dos principais produtos, o kit para montagem de robôs Ev3, que conta com blocos de Lego, motores e sensores, é vendido por R$ 2,4 mil.

No início do ano, a empresa fez o lançamento mundial do Wedo, versão mais econômica e que deve chegar ao País em junho por R$ 1.150. "Em 2014, baixamos em 40% o preço de todos os produtos.

Desde então, a matriz decidiu assumir o custo da variação cambial, para não repassar as altas de câmbio. Nossa percepção é que, neste momento, estamos com o preço mais baixo possível", diz Roberta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Ainda pouco conhecida, a Lego Education, braço pedagógico da octogenária marca de brinquedos , tem se movimentado para levar seus kits educacionais e de robótica até professores e alunos brasileiros.

Acaba de romper o contrato com o parceiro que desenvolvia o mercado local da divisão de educação havia 16 anos.

A empresa agora colocou parte da operação nas mãos da MCassab, da família Cuitait. O próximo passo será anunciar, nos próximos dias, uma parceria com uma empresa de educação para distribuir suas soluções.

A ordem que chegou da Dinamarca, dada pelo diretor de mercados emergentes, Jorgen Skov, é encontrar um novo parceiro com portas abertas em instituições particulares de ensino e, mais ainda, em secretarias de educação de grandes cidades.

Assim, a empresa espera expandir das atuais 3 mil para 10 mil o número de escolas que adotam a solução da Lego como suporte ao conteúdo de aulas de linguagem, física e matemática.

"Nossa meta é chegar a 5% das escolas brasileiras até 2018. Isso dá 10 mil escolas", diz Roberta Baldivia, responsável pela Lego Education no País. "Queremos repetir o tipo de contrato que fechamos com o governo de Recife, para fornecimento em toda a rede municipal de ensino."

Contratada há três anos para desenhar a expansão, a executiva vê no processo de distribuição o principal obstáculo para popularizar os kits montáveis nas escolas.

Em fevereiro, ela recebeu aval para romper com a Zoom Education, criada há 16 anos por Victor Barros depois que o empresário conheceu a Lego Education no exterior.

Na semana passada, parte da operação foi entregue para a MCassab, controlada pelos irmãos Cutait, que distribui os brinquedos da Lego desde 2004.

Nos próximos dias, a Lego - que mantém um escritório e 28 funcionários em São Paulo - também deve anunciar mais uma distribuidora, desta vez um nome com know how no meio pedagógico.

Duas empresas seguem em negociação. "Conhecemos bem a Lego, mas é verdade que (a MCassab) não tem experiência no setor de educação. Vamos começar do zero", reconhece Robério Esteves, diretor da Mcassab.

Por parte da Lego, o discurso de novos distribuidores, na prática, é bem mais do que isso. Os novos parceiros ficarão responsáveis por importar, desenhar um plano de ação, cuidar da venda, da logística e de treinar os professores que utilizarem os mais de 100 kits educativos do catálogo da empresa dentro da sala de aula. "Nossa divisão está em 90 países e o Brasil era o último a ter um parceiro exclusivo", conta Roberta.

Preço

Para além da definição de novos parceiros, outro desafio histórico para ampliar o mercado educacional para a empresa é o preço. Um dos principais produtos, o kit para montagem de robôs Ev3, que conta com blocos de Lego, motores e sensores, é vendido por R$ 2,4 mil.

No início do ano, a empresa fez o lançamento mundial do Wedo, versão mais econômica e que deve chegar ao País em junho por R$ 1.150. "Em 2014, baixamos em 40% o preço de todos os produtos.

Desde então, a matriz decidiu assumir o custo da variação cambial, para não repassar as altas de câmbio. Nossa percepção é que, neste momento, estamos com o preço mais baixo possível", diz Roberta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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