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Labi, com exames a partir de R$ 10, busca crescer 10 vezes em dois anos

Com os aportes, o objetivo é chegar a 30 unidades — hoje são 17; sem grandes luxos, rede oferece exames e check-ups a preços acessíveis

Marcelo Noll Barboza: foco nos brasileiros sem acesso a planos de saúde (Germano Lüders/Exame)

Marcelo Noll Barboza: foco nos brasileiros sem acesso a planos de saúde (Germano Lüders/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 15h37.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 15h53.

A Labi está em busca de investidores para captar até 70 milhões de reais em uma nova rodada de investimentos. Com isso, a empresa quer praticamente dobrar o número de laboratórios físicos e crescer dez vezes de 2019 a 2021. A empresa já está em conversas com investidores e deve fechar a rodada no primeiro semestre do ano que vem.

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A startup de saúde foi criada há três anos pelo administrador gaúcho Marcelo Noll Barboza, depois de duas décadas de carreira como presidente e conselheiro de grandes empresas de saúde, como a fabricante de equipamentos GE Healthcare e a rede de laboratórios Dasa. O objetivo da rede de laboratórios é oferecer exames laboratoriais de sangue para um check-up mais acessível: um hemograma custa a partir de 10 reais. 

As unidades são pequenas, enxutas, sem estacionamento ou pequenos luxos, como um cafezinho. A empresa não oferece exames de imagem, que exigem equipamentos caros. Também economiza ao digitalizar parte do processo, como o agendamento de exames feito pela internet. 

São 17 unidades entre a Grande São Paulo e o Rio de Janeiro, onde chegou no início deste ano — há cerca de um ano, eram apenas nove unidades. Com os aportes, prevê chegar a 30 unidades no ano que vem e expandir para o interior do estado de São Paulo, além de ampliar a atuação no Rio de Janeiro. A maior parte das unidades já atingiu o breakeven, ou seja, o equilíbrio entre custos e receitas, e hoje é lucrativa. “Estamos confiantes de que podemos acelerar ainda mais esse crescimento”, diz Marcelo Noll Barboza, presidente e fundador, em entrevista à EXAME. 

Com faturamento de 4,1 milhões de reais no ano passado, o plano é chegar a 22 milhões de reais em 2020 e a 41 milhões de reais em 2021. O foco é em pacientes particulares ou empresas — entre os parceiros da rede estão a Stone, Magazine Luiza, Prevent Senior e Intermédica.

A rede laboratorial já captou 10 milhões de reais em agosto e, no ano passado, levantou 20 milhões de reais em uma rodada liderada pela e.Bricks Ventures. Com o aporte mais recente, a startup de saúde ganhou um nome de peso. Entre os investidores está Cláudio Lottenberg, presidente do hospital Albert Einstein por 15 anos, até 2016, e atualmente presidente do conselho. Também atuou como presidente da UnitedHealth Brasil, controladora da Amil, por dois anos até 2019.  

Além das unidades físicas, a Labi também cresce pelo canal digital. Qualquer pessoa pode agendar uma retirada de exames e receber um profissional para coleta em casa ou no ambiente de trabalho. De cerca de cinco coletas domiciliares por dia, hoje a rede faz cerca de 300. "Essa combinação online e offline avançou bastante, as unidades físicas servem como base para o coletador", diz Barboza. 

A empresa também firmou uma parceria com a Pague Menos, para vender check-ups a partir de 118 reaisA venda de exames e serviços é uma das apostas da rede de farmácias que nasceu no Nordeste, com foco em fidelizar os clientes — a maior parte do público da rede não tem plano de saúde. Hoje, mais de 800 lojas da cadeia oferecem serviços como testes feitos com gotas de sangue, vacinação e orientação para o uso correto de medicamentos.

A Labi passará ainda a oferecer vacinação em suas unidades e por atendimento domiciliar. A pandemia do novo coronavírus impactou o mercado de farmácias, planos de saúde e clínicas de exame. Com foco em eficiência, digitalização e atendimento domiciliar, a Labi terá um ano de 2020 com crescimento recorde e, com os novos aportes previstos, pode chegar ainda mais forte no ano que vem. 

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